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Renê Júnior volta a jogar depois de 446 dias: ‘Sentimento é de gratidão’

Volante do Corinthians entrou no segundo tempo do jogo contra o Athletico e relembrou os mais de 14 meses parado, após duas cirurgias e duas lesões musculares 

Corinthians x Athletico-PR - Rene Jr
Volante esteve em campo por 32 minutos contra o Furacão e teve aproveitamento de 100% nos passes (Peter Leone/Ofotografico/Lancepress!)

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Afastado dos gramados por longos 446 dias, o volante Renê Júnior, enfim, voltou a disputar um jogo oficial. Depois de uma cirurgia no joelho direito, uma no joelho esquerdo e duas lesões musculares, o meio-campista deu a volta por cima e atuou por 32 minutos no empate do Corinthians, em 2 a 2, com o Athletico-PR na noite da última quinta. 

Ao fim da partida, o jogador não escondeu a felicidade pelo seu retorno e fez questão de agradecer todos aqueles que o ajudaram durante os mais de 14 meses parado sem poder desempenhar sua profissão. 

- Sentimento é de gratidão. Gratidão a Deus, minha esposa, minha família, aos profissionais do Corinthians. Momento único, parecia que era a minha primeira vez. Queria agradecer minha família e ao grupo. Agora é crescer com o decorrer da competição - disse o camisa 8 do Corinthians na saída de Itaquera. 

Aos 17 minutos do segundo tempo do duelo contra o Furacão, o técnico Fábio Carille colocou Renê Júnior na vaga de Ramiro para garantir maior posse de bola no meio de campo. Ao todo, o jogador trocou nove passes com 100% de aproveitamento e causou boa impressão na torcida, principalmente por conta do longo tempo sem atuar. 

-  Quando ele (Fábio Carille) me apontou, sinalizando que eu ia entrar, perguntei duas vezes para ter certeza se era eu mesmo (risos). Passa um filme na cabeça de tudo o que passei nessa recuperação. Tive momentos difíceis. Procuro pensar o mínimo no passado, no que aconteceu. Quero pensar no futuro, quero ajudar ao máximo o Corinthians e me firmar cada vez mais - confessou o volante do Timão, que agora briga por uma vaga no meio de campo do Alvinegro.

TABELA
>Confira a classificação completa da Série A do Campeonato Brasileiro

Confira outros trechos da entrevista de Renê Júnior:

Apoio da família durante o período de recuperação

Primeira coisa quando me machuquei foi ter consciência de que era uma lesão difícil. Procurei me apegar na minha esposa, nas minhas filhas, Não me fiz de coitado. Sabia que tinha a lesão, que o período de recuperação era longo e que tinha que trabalhar. Foi exatamente o que eu fiz. Eram dois períodos por dia no Corinthians e ainda fazia as coisas em casa. Infelizmente, ainda tive outra lesão, mas é coisa do futebol. Isso já passou. Agora procuro pensar na frente, pensar no Corinthians. Sou muito agradecido em vestir essa camisa.

Você recebeu propostas nesse período?

Tive propostas para sair, mas em nenhum momento pensei em sair do Corinthians. Até pela gratidão, pela ajuda que o Corinthians me deu. Tenho muito a mostrar, tenho muito a render. Fiz poucos jogos, alguns bons, e quero ter uma sequência boa aqui no Corinthians. 

No jogo contra o Vasco, o Ralf fez o gol da vitória e dedicou a você. Como é o seu entrosamento com o grupo e o que aquele gesto representou?
O grupo é uma família. Independente de jogarmos na mesma posição e brigarmos por vaga, eu, Ralf, Gabriel, Matheus Jesus, Love, Clayson estamos sempre juntos, sempre se ajudando. Fiquei feliz pela atitude do Ralf, por ter me dedicado o gol no jogo contra o Vasco. É um irmão que eu tenho aqui. O grupo sempre me ajudou. Creio que é assim que vai se conquistando coisas maiores. 

Como você se sentiu fisicamente?
É diferente. O ritmo do jogo é muito diferente do de treino. Você sente um pouco. Ainda mais pelo fato de termos enfrentado uma equipe muito qualificada, que toca bastante a bola. Especialmente para mim foi um pouco mais difícil pois estava muito tempo parado, mas achei que suportei bem, acima da expectativa. Espero ter uma sequência para melhorar fisicamente, ganhar minutos em campo e sei que tecnicamente ainda tenho muito o que melhorar. 

Quais suas metas para o futuro no Corinthians?
Preciso de uma sequência de jogos. O time está bem, vindo de dois bons resultados fora de casa. Sei a forma como o Carille pensa, mas preciso de confiança. Quero entrar, quero ajudar e aproveitar o máximo possível as oportunidades que eu tiver.

O que passou pela sua cabeça no momento que o Carille te chamou?
Até pelo tempo sem estar na ativa, quando ele me apontou, sinalizando que eu ia entrar, perguntei duas vezes para ter certeza se era eu mesmo (risos). Passa um filme na cabeça de tudo o que passei nessa recuperação. Tive momentos difíceis. Procuro pensar o mínimo no passado, no que aconteceu. Quero pensar no futuro, quero ajudar ao máximo o Corinthians e me firmar cada vez mais.

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