Segundo tempo contra o Coxa mostra que Corinthians pode ser mais ‘solto’
Mudanças no intervalo deixaram o time mais jovem, leve e ofensivo com volume de ataque suficiente para criar muito mais chances de perigo do que nas partidas anteriores
- Matéria
- Mais Notícias
O Corinthians conquistou sua primeira vitória no Brasileirão ao bater o Coritiba por 3 a 1, na Arena, mas não sairá de campo apenas com a sensação do dever cumprido pelos três pontos, e sim com uma lição importante que a atuação nos segundo tempo trouxe para a comissão técnica: já há espaço para dar um passo à frente ao trabalho, deixando o time mais solto no setor ofensivo.
Relacionadas
Além de indicar que o momento já permite investir mais no volume de jogo no ataque, Tiago Nunes e seus auxiliares puderam ver que há peças no elenco para o setor com potencial para corresponder nessas ocasiões em que há necessidade de buscar ofensividade diante de adversários que se fecham na defesa. Araos, Léo Natel e Gustavo Mosquito são essas agradáveis novidades.
O chileno, que tem dado uma dinâmica de jogo bem maior do que Luan, que vem em má fase, já parece ter ganhado espaço no time titular e fez uma grande partida contra o Coritiba, além dos movimentos em sua zona de atuação, deu assistência para Jô marcar o segundo gol do Timão e quase marcou em tabela com o próprio centroavante, ainda no primeiro tempo, mas Wilson pegou.
Natel, por sua vez, foi escolhido para o papel do jogador de velocidade que atua pelos lados do campo. Embora essa função não tenha aparecido muito no primeiro tempo, ele mostrou outras facetas: sofreu o pênalti que Jô desperdiçou (duas vezes) e abriu o placar do duelo após arriscar chute forte, de fora da área, que acabou desviando no meio do caminho e foi para a rede.
Ainda que tivesse um homem a mais desde os 15 minutos do primeiro tempo, o Corinthians teve dificuldade para superar o sistema de jogo armado por Eduardo Barroca, que inclusive conseguiu empatar a partida em um vacilo geral do sistema defensivo. Além da competência do Coxa, porém, havia espaço para dar um passo à frente no próprio esquema corintiano. Com vantagem numérica, não havia motivo para deixar jogadores com característica defensiva.
Foi pensando nisso que Tiago Nunes e sua comissão técnica, após o primeiro tempo, decidiram sacaram Ramiro e Gabriel para as entradas de Gustavo Mosquito e Éderson, jovens que oferecem mais alternativas ofensivas do que aqueles que foram substituídos. Não deu outra. O Timão voltou muito melhor do intervalo, com muito mais intensidade e volume de jogo no ataque, melhorias que poderiam ter resultado em mais dois ou três gols.
Mosquito, citado no trio no começo do texto, também teve boa atuação e mostrou que pode ser o jogador que Tiago Nunes procura para atuar com velocidade pelas pontas, que seja forte no "um contra um". O jovem atacante, para completar essa boa imagem, ainda marcou um gol de oportunismo no fim da partida, que selou a vitória corintiana por 3 a 1 na última quarta-feira.
Essa lição, porém, não deve servir apenas para situações e adversários específicos, mas parece haver margem para que se torne cada vez mais frequente. A mudança de característica de um tempo para o outro e seu resultado quase que imediato são amostras de que aquela postura mais conservadora, que foi adotada na volta da paralisação para adquirir confiança, já pode começar a ser substituída pela fase de imposição de jogo ofensivo.
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias