Conselheiros expulsos conseguem na Justiça direito de voto nas eleições do Cruzeiro, no dia 21 de maio
A decisão liberou três dos 30 conselheiros expulsos do quadro da Raposa por conduta proibida pelo estatuto do clube
Três ex-conselheiros que foram expulsos do Cruzeiro após uma sindicância interna que apurou recebimento de dinheiro enquanto exerciam o cargo, algo proibido pelo estatuto do clube, conseguiram na Justiça o direito de votar nas eleições do dia 21 de maio, quando serão escolhidos o presidente da Raposa e os novos membros da mesa diretora do Conselho Deliberativo.
Um pedido de tutela de urgência, que foi negado pela 29ª Vara Cível de Belo Horizonte, para anular a expulsão, foi revisto e os três conselheiros expulsos poderão participar do pleito no clube celeste.
A vitória jurídica foi obtida pelo conselheiros Luiz Cláudio Rocha (Xedinho), Roberto de Freitas Rocha e Carlos Alberto Monteiro, após o despacho do desembargador Luiz Carlos Gomes da Mata.
A ordem judicial já é de conhecimento do mesa diretora das eleições do Cruzeiro, presidida por Gilvan de Pinho Tavares. Caso o clube descumpra a decisão, pode acarretar em multas diárias, que variam de R$ 10.000,00 a R$ 300.000,00.
A expulsão dos três conselheiros, expedida no fim de abril pelo presidente do conselho e interino do clube José Dalai Rocha, se baseou na proibição de conselheiros receberem dinheiro do clube em prestação de serviços, enquanto estiverem no cargo.
O trio tinha contratos com a Raposa e foram contratos por Wagner Pires de Sá durante a sua gestão. Luiz Cláudio Rocha, o Xedinho, chegou a ter um contrato com o Cruzeiro no valor de R$ 240 mil. Ele é investigado pela Polícia Civil por envolvimento em pagamentos irregulares de um galpão usado pela torcida organizada Máfia Azul, em frente à sede administrativa do Cruzeiro, no bairro Barro Preto.
Carlos Alberto Monteiro prestava consultoria ao clube com sua empresa, a CDF Assessoria e Consultoria, enquanto Roberto Márcio de Freitas Rocha atendia demandas diretamente ligadas ao ex-presidente Wagner Pires de Sá.