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Cruzeiro releva passado e volta a negociar com agentes considerados ‘personas non gratas’ no clube

Fábio Melo e André Cury, que eram tratados como "párias" na Raposa, voltaram a ter negócios com o clube mineiro 

Carlos Ferreira disse que André Cury é "persona non grata" no clube mineiro
imagem cameraCarlos Ferreira chegou a afirmar que André Cury era "persona non grata" na Raposa, mas o clube voltou  trabalhar com o agente-(Bruno Haddad/Cruzeiro)
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Lance!
Belo Horizonte
Dia 29/03/2020
19:02
Atualizado em 29/03/2020
20:01

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O mundo do futebol tem reviravoltas inesperadas e outras nem tanto assim. E, no atual Cruzeiro, que vive uma fase de transição e reformulação, verdades ou posições podem mudar rapidamente no clube. Um exemplo claro de mudança repentina da Raposa é em relação aos agentes de jogadores André Cury e Fábio Mello, que estiveram envolvidos em alguns atritos com o clube mineiro por conta de saída de atletas, dívidas e outras discussões.

O nível de discórdia foi tão elevado no início da temporada, que André Cury chegou a ser tratado como “persona non grata” pelo clube, devido a forma que as saídas do volante Enderson e do atacante David estavam sendo conduzidas.

- André Cury, hoje, é considerado no meio do conselho gestor uma persona non grata. Não é de hoje que ele vem prejudicando o Cruzeiro em várias negociações. A gente não tem sentimento de amizade com ele nesse momento – disse Carlos Ferreira, interlocutor do conselho gestor, no início do ano.


Fábio Melo também esteve no radar negativo do Cruzeiro, pois fora acusado de furtar documento de dentro do clube após uma reunião com o ex-CEO Vittorio Medioli. O clube chegou a publicar uma nota sobre o caso, lamentando a postura do agente.

- O Cruzeiro EC vem a público lamentar o comportamento do agente de jogadores, Fábio Mello, que após uma reunião com o CEO do Núcleo Dirigente Transitório, Vittorio Medioli, tentou se apoderar de alguns documentos sigilosos do clube retornando à sala de reuniões, que no momento estava vazia. Após a reunião, Fábio Melo se aproveitou de uma rápida saída de Medioli voltando à sala levando consigo vários documentos – disse o clube na nota.
Em meio às investigações da Polícia Civil e do Ministério Público, um dos braços da operação é a busca por irregularidades em negócios efetuados pelo clube com empresários. Alguns já foram chamados para depor. O Cruzeiro já informou que, se forem comprovadas irregularidades, buscará ressarcimento.

Mas, o tempo “curou” as feridas e desavenças entre clube e os empresários da bola, que voltaram a negociar com o Cruzeiro.

André Cury conseguiu emplacar o zagueiro Ramon, que havia assinado contrato no início do ano, mas por questões financeiras, fora dispensado e somente no início de março, teve sua situação acertada, com um novo contrato, dentro dos moldes desejados pelo Cruzeiro.

Cury também tem no elenco da Raposa o atacante ngulo, que veio emprestado pelo Palmeiras. Já Fábio Mello foi o responsável por trazer o volante Jean ao clube mineiro, que também estava atuando pelo Verdão.

O interlocutor do conselho gestor, Carlos Ferreira, autor da frase chamava André Cury de “persona non grata” explicou a mudança de postura do time celeste em relação aos agentes.

- Eu entendo que a questão dos empresários, tudo aquilo que for para beneficiar o Cruzeiro, será feito. A gente defende a instituição. Se tem alguma negociação que vai ser benéfica para o Cruzeiro, não importa se é empresário A ou B. O que importa é que o clube não está sendo lesado. Toda negociação que vier em benefício do Cruzeiro, todas serão bem-vindas. Independente do nome do empresário-explicou Carlos, colocando uma “pedra” no passado de atritos com a dupla de agentes.

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