Profissionais analisam o domínio do cenário brasileiro no Rainbow Six Siege; confira
Equipes internacionais, como a Oxygen Esports, reconhecem o crescimento do país na modalidade e buscam quebrar domínio brasileiro; confira entrevistas exclusivas com Leonardo “Kyno” e Anthony “HOP3Z”
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O cenário brasileiro de Rainbow Six Siege vive o melhor momento de sua história. Nas competições internacionais mais recentes, o Brasil mostrou alto nível de jogo contra outras regiões, com a conquista do Six Invitational 2021 pela Ninjas in Pyjamas diante da compatriota Team Liquid - o MIBR ainda foi terceiro colocado da competição - e o título da Team oNe no Six Major México 2021.
A consolidação do país como potência internacional no Rainbow Six pode ser ainda mais evidente a partir desta segunda-feira (8), no início do Six Major Suécia, último torneio internacional do game em 2021. Além da atual campeã da competição, Team oNe, outras três brasileiras completam a lista de representantes da América Latina: FaZe Clan, Ninjas in Pyjamas e FURIA Esports.
Mas, se na região LATAM o Brasil concretizou a sua força, como as equipes de outros locais enxergam o nível de jogo do país?
Leonardo “Kyno” e Anthony “HOP3Z”, jogador e coach, respectivamente, da Oxygen Esports, organização da América do Norte que também jogará o Six Major Suécia 2021, analisaram o domínio recente das brasileiras e projetaram o que esperar dos adversários.
Na Oxygen há pouco mais de sete meses, Léo “Kyno” comentou que a superioridade dos brasileiros nas competições internacionais mudou o status do país: - As equipes de outras regiões passaram a enxergar o Brasil como o mais forte. Hoje, com o meta pautado por um estilo agressivo de jogo e o teamplay que eles possuem, os brasileiros tornam-se quase imparáveis -.
O atleta acrescentou que é possível colocar algumas equipes brasileiras entre as principais da modalidade no momento: - Vejo a Team oNe e a FURIA como times que têm mostrado um talento absurdo, com capacidade para enfrentar a BDS e a SSG, equipes de destaque no cenário mundial -. Kyno também destacou dois atletas do Brasil que são muito comentados no cenário internacional atualmente: Karl “Alemão”, da T1, e Diogo “Fntzy”, da Pantera.
Para o coach Anthony “HOP3Z”, que está na Oxygen desde maio de 2020, o Brasil mostrou de vez para as outras regiões que tem potencial para estar no topo: - No Six Invitational 2021, as outras regiões subestimaram a participação dos brasileiros. Nos últimos meses, eles se estabeleceram como a principal força no Rainbow Six Siege, e eu diria que a maioria dos coaches da América do Norte concordam com essa visão -.
Apesar do poderio brasileiro, o norte-americano não notou muitas mudanças no estilo de jogo da região NA, que poderia sofrer alguma influência dos atuais campeões: - Não acredito que haverá uma alteração em um futuro próximo, pois copiar um estilo de jogo não funciona a longo prazo. Eu entendo que uma equipe deve sempre jogar a partir das forças do seu elenco e encontrar a continuidade do sucesso pela inovação de jogadas - finaliza.
O Six Major Suécia começa nesta segunda-feira e se encerra no domingo (14), com a disputa da grande final. O público poderá acompanhar todas as partidas do torneio com transmissão em português nos canais oficiais do Rainbow Six Esports Brasil na Twitch e no YouTube, além de algumas pelo canal secundário na Twitch. Para mais informações, acesse o site oficial do cenário competitivo de Rainbow Six Siege.
Confira outros trechos das entrevistas exclusivas com Leonardo “Kyno” e Anthony “HOP3Z”:
Leonardo “Kyno”, atleta brasileiro da Oxygen Esports:
- Antes dessas conquistas internacionais, como o cenário brasileiro era visto?
Com certeza o Brasil era visto como uma região forte, mas nunca tão forte quanto Europa e Estados Unidos, que eram dominantes nas competições de Rainbow Six Siege.
- Você diria que a LATAM se tornou “a região a ser batida” após as conquistas de NiP e Team oNe nos últimos torneios internacionais?
Sim, o nosso objetivo atualmente é parar os times brasileiros, mas sabemos que não será uma tarefa fácil devido ao desempenho recente. É uma missão bem difícil, com certeza.
Anthony “HOP3Z”, coach da Oxygen Esports:
- No aspecto tático, quais são as principais diferenças entre os times brasileiros e os times de outras regiões?
A maioria das pessoas costuma dizer que as equipes brasileiras jogam agressivamente, mas eu acho que isso é uma narrativa um pouco falsa. Se você realmente estudar como jogam, simplesmente aproveitam oportunidades inteligentes quando são apresentadas a eles, ao invés de esperar e tomar a opção segura. As equipes da América do Norte e Europa geralmente correm menos riscos no seu conjunto.
- Na sua opinião, quais são as cinco equipes mais fortes do mundo atualmente?
Sem considerar a minha equipe e uma ordem específica, eu diria: BDS, SSG, Team oNe, Team Liquid e TSM. Você pode ficar surpreso ao ver TSM lá devido ao seu desempenho recente, mas qualquer um que jogou contra eles consistentemente têm grande respeito e conhecem o seu potencial.
- Os times brasileiros são os mais difíceis de encarar nos dias de hoje? Há alguma preocupação específica na preparação contra as equipes do Brasil?
Eu não diria necessariamente que eles são os mais difíceis de enfrentar. Eu acho que tudo se resume a equipe por equipe. Independentemente da região em que jogamos, sempre fazemos o plano de jogo para o adversário, não para a região.
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