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As primeiras novidades do Flamengo sob o comando de Paulo Sousa

Na partida de estreia do técnico, o Flamengo venceu o Boavista por 3 a 0, em Volta Redonda, e já deu indícios de como se comportará ao longo da temporada de 2022

Flamengo x Boavista - Paulo Sousa
O técnico Paulo Sousa durante a partida entre Flamengo e Boavista (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

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Ainda é o início de trabalho, mas os primeiros 90 minutos do Flamengo sob o comando de Paulo Sousa já apresentaram novidades e comportamentos que devem ser desenvolvidos pelo treinador ao longo da temporada. Abaixo, o L! destaca quatro pontos que puderam ser observados na vitória tranquila, por 3 a 0 sobre o Boavista, no Estádio Raulino de Oliveira nesta quarta-feira. Confira!

LINHA DE TRÊS ZAGUEIROS

A primeira mudança já pôde ser identificada na escalação do time, que teve Gustavo Henrique, Noga e Cleiton como titulares. Na etapa final, David Luiz substituiu o primeiro, e o sistema foi mantido, com a "saída de bola em três" , com Noga na faixa central, com os volantes (João Gomes e Thiago Maia, de início), e os laterais posicionados após a linha de meio de campo, como alas.

Assim, o time ganhava amplitude, abrindo a marcação adversária, e dando a Vitinho e Marinho a possibilidade de cair pelo centro atacando os espaços nas costas dos volantes ou laterais do Boavista, como explicou o próprio Vitinho.

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Flamengo x Boavista - Pedro
Pedro foi titular e atuou com Gabi (Foto: Marcelo Cortes / Flamengo)

PEDRO E GABIGOL JUNTOS

Um anseio antigo da torcida do Flamengo é ver Pedro e Gabigol atuando juntos por mais minutos. Logo em sua estreia, Paulo Sousa deu um gostinho do que havia prometido em sua chegada ao clube. A dupla esteve em ação por quase 30 minutos na etapa final, e, após a partida no Raulino de Oliveira, o treinador explicou o que será necessário para a formação ser utilizada ao longo do ano.

- Hoje já se viu um pouco. Claro que precisamos do compromisso de todos. Nenhuma equipe pode depender só do momento ofensivo. E temos que ser muito mais eficazes. Eles tiveram várias chances e, se a eficácia for completa, podemos retirar deles algum trabalho defensivo. Caso contrário, esse compromisso é fundamental. O compromisso existe, o que precisa é entendimento e equilíbrio - analisou o comandante português do Flamengo.

EVERTON RIBEIRO COMO ALA

Com a linha de três zagueiros, Paulo Sousa iniciou o jogo com Matheuzinho e Renê como alas, uma vez que Isla não estava à disposição, retornando das Eliminatórias Sul-Americanas, e Filipe Luís foi preservado. Contudo, na volta do intervalo, o técnico promoveu a entrada Everton Ribeiro aberto pelo lado esquerdo, uma novidade em relação à função que o camisa 7 acostumou-se a exercer no Flamengo nas últimas temporadas, pela direita ou pela faixa central.

Questionado, Paulo Sousa também explicou a opção feita e fez elogios ao ER7.

- O Everton é muito inteligente, conhece os espaços, é taticamente evoluído, dá ritmo, tem 1 contra 1. Naquele momento, e também para o futuro, a ideia é utilizá-lo em várias posições. Uma delas é essa. Estava na seleção e não treinou. Minha decisão foi mais linear no corredor esquerdo. Na parte final, em uma parte que ele já conhece como ninguém (lado direito) - comentou Paulo Sousa.

MUDANÇAS DENTRO DO JOGO

Paulo Sousa também mostrou que não terá receio de utilizar um único atleta em diferentes funções dentro da mesma partida. Foi o caso de Everton Ribeiro, que, como vimos, entrou como ala esquerda, mas, após a entrada de Rodinei no lugar de Pedro, caiu para a faixa central, com o camisa 22 atuando no lado oposto ao qual está habituado - seja como lateral, sua posição de origem, ou também na segunda linha do meio de campo, como fez várias vezes em 2021.

Quem também mudou de função ao longo do segundo tempo foi o atacante Gabi. Enquanto Pedro esteve em campo, o camisa 9 ficou mais aberto do lado direito, por mais que atacasse a área quando o centroavante saísse para fazer o pivô. Com a saída de Pedro, Gabigol voltou a ocupar a faixa central do campo.

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