Como meia ou centroavante, Paquetá lidera o Flamengo no ‘sonho do hepta’
Após gols contra o Corinthians, camisa 11 alcança a artilharia do time na temporada - ao lado de Henrique Dourado - sem perder importância na construção ofensiva
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"Temos um sonho e vamos fazer por onde", afirmou Lucas Paquetá na volta ao Rio de Janeiro, no sábado, após ter comandado o Flamengo na vitória por 3 a 0 sobre o Corinthians, em São Paulo. O sonho em questão é também o principal objetivo do Flamengo nesta reta final de temporada: o título do Brasileirão. O camisa 11, como meia ou centroavante, pode liderar o clube rumo a tal sonho.
À medida em que os centroavantes do Flamengo amargam jejuns particulares, Paquetá disparou na artilharia do time no Brasileirão: são nove gols, quatro a menos que Gabriel, atacantes do Santos, goleador isolado do campeonato. O que mais chama a atenção, no entanto, é a forma com que o meio-campista marca os gols: os últimos sete foram em finalizações de dentro da área rival.
Contra o Corinthians (dois gols, um de cabeça e um de pé esquerdo), Paquetá repetiu o que havia feito contra o Atlético-MG (cabeça), América-MG (cabeça) e Sport (pé esquerdo): aproveitou bola levantada na área e castigou o adversário.
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Já os gols marcados diante do Bahia e Botafogo, ambos de pé esquerdo, foram frutos de uma movimentação inteligente do meio-campista do Flamengo, que infiltrou na área, recebeu bom passe e teve categoria para deslocar o goleiro.
As "exceções" de Lucas Paquetá foram justamente os dois primeiros gols do meia no Brasileirão. Contra o Vitória, na rodada inicial, o camisa 11 abriu o placar antes do primeiro minuto em finalização - novamente de pé esquerdo - na linha da grande área. Contra o Inter, no primeiro turno, acertou um chutaço de fora da área, após rebote de falta cobrada por ele. De pé esquerdo, é lógico.
FASE ARTILHEIRA NÃO DIMINUI CONTRIBUIÇÃO NA CRIAÇÃO DE PAQUETÁ
Lucas Paquetá é o artilheiro isolado do Flamengo no Brasileirão, com oito gols, em um torneio no qual foi escalado, em grande parte, como segundo homem de meio de campo, à frente apenas de Cuéllar, colombiano titular absoluto da equipe. O fato de que o camisa 11 ainda é o principal articulador do time, só reforça a importância que o jogador já teve e pode ter nesta reta final de 2018.
Os números do Footstats (imagem acima) mostram como Lucas Paquetá e Everton Ribeiro "dominam" a construção ofensiva do Flamengo no Brasileirão. O primeiro é quem mais finaliza (69) e marca gols (9), enquanto o segundo é o líder de assistências para gols (5) e para finalizações (46). O camisa 11 também aparece como o principal passador do 3º ou 4º toque antes de gols ou chutes - o que explica-se, também, pela função mais recuada que exerceu na equipe.
Depois da atuação de destaque na Arena Corinthians, Lucas Paquetá recebeu elogios do novo comandante. Dorival Júnior o classificou como "uma peça essencial para o Flamengo alcançar bons resultados" ainda nesta temporada.
- O Paquetá é um jogador diferente, um garoto com cabeça boa, sólido em suas atitudes. É natural que oscile em função da quantidade de jogos e por tudo que tem acontecido na sua vida nesses últimos quatro meses. Com certeza, ele tem que ser preparado para sustentar tudo isso. Espero que não perca a humildade e o interesse em querer melhorar - avaliou o técnico do Flamengo.
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