Nas últimas três partidas - contra Madureira Volta Redonda, quando esteve com o time reserva, e LDU (do Equador, pela Libertadores) -, o Flamengo teve uma média de 65,83% de posse de bola. A superioridade territorial e as oportunidades criadas nestes jogos mostrou um time rubro-negro mais vertical que na última temporada e, como o técnico Abel Braga ressaltou, com "uma nova alma".
O mapa de calor (cedido pelo Footsats) das partidas mostra uma equipe que está marcando uma presença maior no campo ofensivo e com certo equilíbrio. Contra a LDU, construiu jogadas ofensivas pelos dois lados, porém, contra o Madureira explorou mais o lado direito, enquanto diante do Voltaço usou mais o lado esquerdo.
Além da posse de bola, o número de finalizações também foi bastante superior a dos adversários. Na partida com a LDU, 12 contra cinco. Já no duelo com o Madureira, 33 contra sete, e diante do Volta Redonda, 19 contra oito.
- Foi um time que colocou uma alma muito grande em campo, domínio absoluto, 65% de posse de bola, além dos gols perdidos. Uma pequena diferença em relação ao time que enfrentou o Vasco, porque tínhamos o Everton. Não saio chateado, dominamos, deram só um chute no segundo tempo, houve lances discutíveis. Hoje, o DNA do Flamengo é outro - disse, após o confronto com o Volta Redonda.
A pontaria, porém, ainda preocupa Abel Braga. O treinador ressaltou que o time tem conseguido criar oportunidades, mas vem desperdiçando muitas delas.
- O treinador se baseia na equipe pelas chances que cria. É foram 13. Quando não criamos nada, preocupa. Os jogadores estão querendo. Em alguns momentos, precisamos finalizar mais. Os gols surgiram de finalizações de fora. Tem hora que estamos querendo entrar muito (na área) - afirmou, depois do duelo com o Madureira, na última terça-feira.