Gabigol sobre condição de reserva no Flamengo: ‘Incomoda muito. Eu não quero ficar no banco. Ninguém quer’
Camisa 9 do Rubro-Negro atendeu à imprensa nesta sexta-feira, no Ninho do Urubu
Um dos principais nomes do Flamengo, Gabriel Barbosa foi reserva na última partida do clube pelo Brasileirão, sendo acionado por Rogério Ceni já na reta final do jogo contra o Ceará, que venceu por 2 a 0 no Maracanã. O semblante do jogador no banco era de insatisfação, como confirmou o próprio camisa 9 em entrevista nesta sexta-feira, antes do treino no CT do Ninho do Urubu.
Gabigol, contudo, reforçou que respeita os companheiros e minimizou a "polêmica" de ter ficado no banco sem a camisa de jogo e chuteira no primeiro tempo. No mais, seguirá brigando para retornar ao time titular do Flamengo.
- Incomoda muito. Eu não quero ficar no banco. Ninguém quer. O Pedro quando estava, você acha que estava feliz? O Michael, quando não entra, está feliz? Todos têm sua parcela de querer ajudar ao Flamengo. Eu fiquei contra o Fortaleza sem camisa, fiquei nesse jogo também. Fiquei sem a chuteira pois tive uma lesão muito séria e incomoda um pouco, parece um gesso. Mas não vejo problema com isso. Isso se fala pois dá Ibope. Se eu estivesse sorrindo era porque estava feliz e nem aí para o time. Se estivesse pronto para jogar seria matéria também - afirmou o atacante, vice-artilheiro do clube na temporada.
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São três rodadas sem vencer no Campeonato Brasileiro, o que fez o Flamengo estacionar nos 49 pontos e cair para a quarta posição da tabela. A diferença para o líder São Paulo, contudo, permanece em sete pontos. Na segunda-feira, o Rubro-Negro inicia uma sequência de cinco partidas fora do Rio de Janeiro diante do Goiás, no Estádio da Serrinha, em Goiânia. A bola rola às 20h.
Confira mais respostas do atacante Gabriel Barbosa, do Flamengo:
Justificativa do Ceni após o Fla-Flu, indicando que deixou Gabigol no banco por, nos jogos anteriores, o atacante ter atuado distante de Bruno Henrique
Jogamos há muito tempo juntos, então as defesas se ligam em nossas movimentações. É normal que sejamos bem marcados, mas temos treinado muito, estamos tentando nos aproximar mais, mas os números provam que a gente tem dado resultado. Queremos e vamos melhorar, estamos fazendo de tudo para se aproximar dentro de campo e fazer boas jogadas, não só entre nós, mas com todos jogadores.
Motivo pelo qual o Flamengo não tem conseguido os resultados
É uma mistura de coisas. Não é só incompetência nossa, mas mérito do adversário. Estamos estudando o Goiás, eles estão estudando a gente. Temos que melhorar em bolas paradas, em lances que não demos muita importância e acabamos sofrendo um gol. Temos que melhorar como um todo para vencer e fazer uma partida convincente.
Relação com o técnico Rogério Ceni
É muito boa. Falaram que eu tinha brigado com o Dome, que eu não gostava dele, mas sempre tivemos uma relação muito boa. Foi assim com o Jorge (Jesus) e é com o Rogério. É um cara com quem eu aprendo muito, é um espelho para a gente, está sempre no CT trabalhando, sempre conversando sobre tudo conosco, é um cara experiente que está aqui de corpo e alma. Estamos aqui para ajudar ele e ele para nos ajudar.
Protestos da torcida na terça-feira, no Ninho do Urubu
Não acho certo, mas eles vieram aqui, não foi algo tão pacífico, amassou o carro de alguns jogadores. Mas a cobrança que eles têm com a gente no estádio, em rede social, no estádio, ou quando vêm aqui numa boa, é correto. Eles têm razão de cobrar a gente, mas estamos trabalhando para poder vencer. Ninguém está aqui para perder. Sabemos o quão bom é ser campeão com o Flamengo. Eu jogo no Flamengo por causa deles. Eu quero estar naquela avenida lotada de novo. Foi um dos melhores dias da minha vida.