Dentro e fora de campo, ‘química’ entre Flamengo e Paulo Sousa parece cada vez mais utópica
Resultados à parte, Flamengo não apresenta evolução dentro de campo e, diante dos questionamentos e da pressão natural, técnico Paulo Sousa expõe atletas em entrevista
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Entra jogo, sai jogo e o futebol apresentado pelo Flamengo não dá mostras de evolução. Foi assim outra vez diante do Fortaleza, a 31ª partida em seis meses de trabalho com Paulo Sousa, que venceu por 2 a 1 neste domingo. A sintonia entre torcida e time já não existe há algum tempo, e a tal química buscada por treinador e atletas parece cada vez mais utópica, inclusive pelas declarações do comandante.
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Paulo Sousa admitiu a atuação "desastrosa" do Flamengo no Maraca e, em entrevista, falou várias vezes sobre "erros técnicos individuais" que deram ao Fortaleza chances de fazer mais dois gols ainda no primeiro tempo. Contudo, o problema da sua equipe vai além disso.
Não é de hoje que a transição defensiva é problemática - foi desta forma que o time de Vojvoda criou as oportunidades mais claras. O Flamengo sofre tanto para transformar a posse de bola em chances reais quanto para construir diante do curto repertório ofensivo. E isso, sem dúvidas, é de responsabilidade do treinador Paulo Sousa.
- O que nos aconteceu, sem dúvida, foi que todas as decisões individuais foram erradas. Coisas simples, precipitação, passes que deram oportunidades aos adversários na segunda parte. Desde o início, sei perfeitamente a exigência que o Flamengo tem - disse PS.
A essa altura da temporada, já era de se esperar que o Flamengo - que vive uma reformulação no elenco e na forma de atuar - já apresentasse um desempenho melhor, ou uma indicação de qual caminho sob o comando de Paulo Sousa - o que não acontece.
Em março, após o vice-campeonato do Carioca, para o Fluminense, o lateral-esquerdo Filipe Luís afirmou que "talvez ainda faltasse química nesse sistema" desejado pelo treinador português. Meses depois, elenco e comissão técnica ainda não estão falando a mesma língua.
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