Técnico do Flamengo, Tite analisa clássico e comemora triunfo sobre o Vasco: ‘Fomos merecedores’
Treinador destaca "DNA do Rubro-Negro" na atuação da equipe no Clássico dos Milhões
Apesar das estatísticas apontarem que o Vasco foi melhor no Clássico dos Milhões, Tite comemorou o triunfo do Flamengo e afirmou que sua equipe foi merecedora dos três pontos. Em coletiva, o comandante também analisou seu primeiro FlaVas na carreira.
- Agora eu sei o que é Flamengo e Vasco. A atmosfera de duas equipes extraordinárias, a história dos dois lados. Feliz pelo desempenho. Teve momento em que a gente controlou, outros que a gente dominou. Feliz pelo resultado final que a construção, em seu contexto geral, com a sensação de que fomos merecedores.
+ Transforme sua paixão pelo futebol em profissão. Descubra o caminho com o curso Gestor de Futebol!
+ Confira a classificação do Brasileirão
O treinador também explicou que o Rubro-Negro sofreu com o desgaste da partida contra o Cruzeiro ao justificar as mexidas na segunda etapa. Além de elogiar o adversário, Tite ressaltou a intensidade da partida e afirmou que suas substituições foram chave para a construção do resultado positivo.
- A gente fica muito focado no jogo. Sabemos o que há fora, mas o jogo foi muito intenso. O Vasco botou muita velocidade, intensidade. Nós, com um dia a menos de recuperação e isso conta muito. O Vasco está estruturado. O desgaste do jogo anterior se fez evidente à necessidade de trocas. E quem entrou, entrou bem, dando respostas.
CONFIRA OUTRAS RESPOSTAS DE TITE:
GABIGOL
- Quando você tem um jogador de movimentação, o ritmo vai caindo e o jogo vai ficando mais jogado. E ele também proporcionou ao Gabriel essas movimentações de atacar espaço, porque entra fresco, mas com a cabeça boa também. Os que entraram, trouxeram esse componente. E como é bom mais do que ter peças mobilizadas e treinadas. Perdeu bola aérea, mas ganhou movimentação.
CARA DO TITE
- O Tite tem que adquirir a cara do Flamengo e não o Flamengo a cara do Tite.
ANÁLISE DA PARTIDA
- O jogo teve muitas etapas diferentes. Teve diferentes jogos dentro do mesmo jogo. Até a hora do nosso gol, tínhamos 55% de posse de bola. Nós tentamos imprimir um jogo mais de aproximação e triangulação, que é a cara do Flamengo e que eu gosto. E o Vasco de duelos e transições. Com bola aérea. E com uma equipe estruturada e coordenada. Nós tínhamos que fazer esse ponto de equilíbrio entre neutralizar o adversário, o desgaste físico e a condição técnica. Essas diferentes times e observações são fundamentais. Por isso, exigiu bastante esse foco e atenção. Por isso da inversão de lado do Gerson. O jogo exigiu muito.
DNA DO FLAMENGO
- O desenho que a equipe tem é um meio de campo que salte os olhos. Você tem dois Thiago Maia, Pulgar, Allan, Gérson, Arrascaeta, Victor Hugo, Everton Ribeiro, e você compõe. Essa equipe pensa e dita ritmo com quatro jogadores de meio. O DNA do Flamengo é o histórico que vi com Lico, Andrade, Zico e Tita. Não estou comparando, só estou colocando a ideia de ter posse e criatividade.
ROSSI
- O Gerson trabalhou em diferentes setores e ele tem um domínio de posições e funções. É um jogador que empresta uma característica de retenção na frente e um jogo apoiado. Jogador moderno, versátil. O Rossi teve uma defesa de um cabeceio determinante. Nós precisamos que cada momento tenha um caráter decisivo quanto equipe. É muito difícil neutralizar cabeceio do Vegetti. Ele ataca como poucos um cruzamento. A gente precisa da individualidade, mas do contexto todo também.
CAMPEONATO BRASILEIRO
- Eu estou com a adrenalina. Todos os jogos são muito difíceis. O Cruzeiro que vencemos, ganhou o clássico. A margem é muito estreita nesse campeonato. A equipe se defende e a equipe cria e ataca. Se a gente fala em compactação, você alarga (o campo) quando está com a bola, mas encurta quando está sem a bola. Isso tem demanda física. A equipe precisa procurar equilíbrio sem deixar de ter aqueles 60% de posse de bola. Depois a estrutura do jogo se modifica.