Aprovado: Flu faz dever de casa no início do returno e respira aliviado antes de árdua sequência
Em seis jogos no segundo turno do Campeonato Brasileiro, Tricolor perdeu somente um e saiu da zona de rebaixamento.
Quem imaginava que o Fluminense iria reverter o cenário desastroso que o Campeonato Brasileiro supostamente estava lhe reservando depois da derrota para o Goiás por 3 a 0, em setembro, no início do segundo turno da competição, certamente está surpreso com a mudança de rumo que o time aparentemente tomou com seis rodadas de returno. Neste sábado, a vitória por 2 a 0 contra o Bahia serviu para o Tricolor subir duas posições na tabela e ocupar, provisoriamente, a 13ª posição, com 29 pontos.
O returno não só começou com o impiedoso revés sofrido no Serra Dourada, como, no jogo seguinte, diante do Santos, no Maracanã, o empate por 1 a 1 culminou na demissão de Oswaldo de Oliveira, após uma sucessão de episódios negativos envolvendo o treinador e Paulo Henrique Ganso na partida. Além disso, depois do jogo, revoltado com os xingamentos de torcedores, Oswaldo devolveu com gestos obscenos.
TABELA
Confira a classificação do Campeonato Brasileiro
A efeito de comparação, o ritmo de pontuação do Fluminense de Marcão é superior ao de Fernando Diniz nos seis primeiros jogos do torneio. No turno inicial, foram somente seis pontos (duas vitórias e quatro derrotas). Atualmente, são 11 (o que inclui o ponto conquistado contra o Santos). O positivo aproveitamento de 61% (sendo 83% com Marcão) contrasta com os 33,3% do claudicante começo tricolor. No período, O Tricolor das Laranjeiras também empatou com o Cruzeiro e venceu Grêmio, Botafogo e Bahia.
Mais do que os números em si, a recuperação do bom futebol, do senso coletivo e de peças individuais são os mais importantes. Marcão conseguiu aliar a eficiência com o toque de bola dos tempos de Diniz. O Fluminense cria menos (média de 11 chutes a gol contra 18 de seu primeiro treinador na temporada), mas conclui melhor. Na defesa, chegou ao terceiro jogo sem gol, muito por conta do momento de Muriel, um dos mais aplaudidos pela torcida antes, durante e depois dos últimos jogos no Rio.
Mais leve, o ambiente dentro de seus domínios propicia aos jogadores atuarem com mais confiança. Com Oswaldo, os torcedores iniciavam as vaias a alguns atletas já no aquecimento e/ou no anúncio da escalação. Atualmente, há uma maior "paciência", embora aficionados presentes no Setor Oeste tenham vaiado João Pedro nesse sábado no segundo tempo, ato que foi imediatamente respondido pelas organizadas, no Setor Sul, que gritaram, em apoio, o nome da promessa. Daniel, escanteado com o antecessor de Marcão, está recuperado, vive momento de ouro e completou, na visão do ex-volante, sua melhor atuação no ano contra o Bahia.
SEQUÊNCIA DURA E DECISIVA
Ter tirado com convencimento a fase inicial da segunda parte do Brasileirão ajudou a ganhar fôlego na luta contra o rebaixamento e criar uma gordura. A diferença momentânea para o Ceará, time que abre o Z-4, são de seis pontos. Agora, o calendário impõe dificuldades. Nas próximas duas rodadas, o Tricolor encara o campeão da Copa do Brasil (Athletico-PR) e o líder do Campeonato Brasileiro (Flamengo) em sequência.
Primeiro, o Rubro-Negro de Curitiba, na quinta-feira, às 21h; depois, o Fla-Flu, no próximo domingo, às 19h. Depois disso, terá pela frente três adversários que também lutam contra o rebaixmento: Chapecoense, no sábado, 26, no Maracanã; Ceará, na quarta, 30, no Castelão; Vasco, no sábado, 2 de novembro, no Maracanã.
- O grupo entendeu da necessidade da ajuda, do companheiro dar cobertura. Se um jogador está com dificuldade, outro tem que estar perto. Estou feliz pela entrega. Energia boa no clube. Planejamento que fizemos em relação a resultado. Agora é manter essa concentração mental do grupo, esse foco, que está muito forte. Nossa luta ainda é para sair dessa zona que está nos preocupando, mais para frente, quem sabe - afirmou Marcão na coletiva de sábado.