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Contas 2016: Peter e Fluminense se encontram na Justiça nesta segunda

Ex-presidente e clube têm audiência após liminar de novembro de 2019 que suspendeu reunião do Deliberativo que votaria reabertura ou não das contas do último ano de gestão

Peter Siemsen - Presidente do Fluminense
imagem cameraPeter Siemsen foi presidente do Fluminense entre 2011 e 2016 (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 16/02/2020
17:47
Atualizado em 16/02/2020
18:33

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Fluminense e o ex-presidente Peter Siemsen se encontram nesta segunda-feira. Às 14h50, na 22ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, está programada para acontecer uma audiência de conciliação entre as partes em processo do ex-mandatário tricolor contra o clube, pela tentativa de reabertura ou não, via Conselho Deliberativo do Flu, para reabrir as contas de 2016, último ano da gestão de Peter (que assumiu a presidência em 2011).

Em novembro do ano passado, Fernando César Leite, então presidente do Conselho Deliberativo do Fluminense, convocou reunião extraordinária para uma votação pela reabertura – ou não – das contas de 2016, oriundas da gestão de Peter. Por ter sido notificado apenas 72 horas antes da realização da reunião, sem tempo de defesa, o ex-presidente do Tricolor entrou na Justiça e conseguiu liminar suspendendo a mesma - a decisão foi proferida, na época, pela juíza Anna Eliza Duarte Diab Jorge.

O LANCE! teve acesso a detalhes do caso. Em sua inicial, Peter afirmou que "durante seis anos, as contas como gestor do Fluminense foram todas regularmente apreciadas e aprovadas pelo Conselho Deliberativo, órgão competente para tal, nos termos do Estatuto, inclusive as do seu último ano como presidente, ou seja, 2016". Mas "com o imbróglio político que vive o clube, sempre se tenta encontrar “culpados” pela situação das finanças do Fluminense, o que volta e meia deságua na discussão sobre a possibilidade de reabrir as contas de 2016". No fim dos trâmites, o superávit de R$ 8 milhões acabou revisado em déficit de R$ 13 milhões.

Vale destacar que não é a primeira vez que a regularidade da prestação de contas de 2016 do Fluminense parou no Judiciário. Em 2018, uma ação foi ajuizada, cujo objetivo era anular a assembleia que aprovou as contas do último ano da gestão Peter. Em setembro de 2019, o juiz Leonardo de Castro Gomes, da 35ª Vara Cível do TJRJ, julgou improcedentes os pedidos. O caso subiu para a segunda instância e aguarda julgamento do desembargador relator Henrique Carlos de Andrade Figueira, da 5ª Câmara Cível do TJRJ. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em 2017, também não encontrou regularidades e arquivou inquérito civil instaurado.

A votação das contas, em 2017, foi marcada por polêmica - realizada visualmente e não pela contagem nominal dos votos, o que é questão tratada judicialmente até hoje. Pela maioria constatada, os números foram aprovados. Em 2018, porém, devido a erros contábeis, as contas foram refeitas. Uma nova reunião após a mudança chegou a ser realizada, mas foi paralisada por conta de agressões entre os conselheiros no local. Caso as contas de 2016 sejam reprovadas, há a possibilidade de Peter ser responsabilizado pelos prejuízos apurados. A expectativa, porém, é que a Justiça mantenha a decisão liminar, transformando-a em definitiva.

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