Dirigente fala de compromisso para quitar salários e pede mudanças no futebol
Fernando Simone, gerente geral do Fluminense, falou sobre a atual situação financeira do clube tricolor
A situação econômica do Fluminense ainda é muito complicada, apesar do pagamento dos salários de julho na última quarta-feira. Nesta quinta, Fernando Simone, gerente geral do clube, falou sobre o momento da equipe e ressaltou que a direção tricolor trabalha para quitar aquilo que deve aos jogadores e aos funcionários da instituição.
- Estamos com problemas de salários atrasados e direitos de imagem. Conseguimos pagar um mês de CLT, mas ainda temos alguns atrasos que tentamos resolver no menor tempo possível para dar tranquilidade aos atletas e funcionários. Sempre priorizamos pagar o salário - comentou o dirigente no 'SporTV'.
Em setembro deste ano, em entrevista coletiva, o presidente do Flu, Pedro Abad, falou que o clube tinha "várias opções" para vencer a crise, apesar de não dar prazos para os pagamentos. Simone falou sobre a declaração do mandatário e fez coro ao discurso.
– Nós temos receitas para receber. O presidente falou há pouco tempo e foi um pouco criticado quando disse que a nossa situação econômica é boa. Quando ele fala isso não é da boca para fora. Nós temos ativos para receber em negociações que nos garante até o fim do ano para regularizar o que temos e nos manter em uma situação melhor para não atrasar os salários – disse Fernando Simone, que ressaltou que outros clubes sofrem do mesmo problema e criticou o modelo de gestão do futebol brasileiro.
– Hoje, isso não é uma situação apenas do Fluminense. O futebol brasileiro sofre com essas questões de atrasos de salários. Tem outros clubes que sofrem com esses problemas. O futebol brasileiro precisa de uma mudança de modelo e mentalidade. Não é simplesmente dizer que os clubes precisam pagar em dia. O modelo que é feito hoje prejudica muito a saúde financeira dos clubes. Temos questões que precisamos pagar e não tem como. Por exemplo, o VAR seria repassado para os clubes. Temos a obrigação de ter um time feminino ano que vem e é mais um custo na nossa conta. Trabalhamos para diversificar a receita e ter uma vida melhor, mas é fundamental que o modelo seja rediscutido – concluiu o dirigente.