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Marlon mostra serviço no Fluminense e tem torcida por chances em ano final de contrato

Jogador deu uma assistência pouco depois de entrar em campo contra o Vila Nova e pode ser alternativa em temporada irregular de Cris Silva e Pineida

Marlon - Fluminense x Vila Nova
Marlon foi titular do Fluminense pela primeira vez na vitória sobre o Vila Nova (Foto: Mariana Sá)

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A superlotação da lateral esquerda do Fluminense para 2022 acabou vitimando os dois mais antigos da posição. Cris Silva virou titular e Mario Pineida segue brigando pela segunda vaga, mas Danilo Barcelos foi emprestado ao Goiás até o fim do ano e Marlon ficou quatro meses apenas treinando no CT Carlos Castilho até ter a oportunidade da estreia. E precisou de um minuto contra o Vila Nova, na terceira fase da Copa do Brasil, para dar a assistência para o gol de Germán Cano.

Aos 24 anos, Marlon tem uma história instável no Fluminense depois da chegada em 2017 por empréstimo junto ao Criciúma. Depois de se destacar, o jogador assinou um contrato definitivo em 2019 até o fim deste ano, mas depois acabou perdendo espaço e passou por empréstimos. Primeiro, foi ao Boavista, de Portugal, e por último teve boa passagem no Trabzonspor, da Turquia. Quando retornou ao Brasil em julho do ano passado, demorou cinco meses até ter uma chance com Marcão, que substituiu Roger Machado. Com boas atuações, ele terminou 2021 como titular absoluto.

Veja a tabela da Série A do Brasileirão

Mesmo assim, o Flu optou por bancar a chegada de dois novos nomes. E, de fato, pagar por isso, já que Cristiano custou R$ 9 milhões aos cofres do Tricolor e, por isso, chegou com status de titular. Já Pineida foi um dos líderes de desarmes do Barcelona de Guayaquil (EQU) na Libertadores e se destacou, podendo atuar tanto pela esquerda quanto pela direita. Mesmo que inicialmente a ideia de Abel fosse utilizar o atleta na posição que hoje é de Calegari, o que se viu foi Marlon completamente sem espaço mesmo com os times formados apenas por reservas. 

Até contra o Boavista, quando Abel usou praticamente o terceiro time, nem no banco Marlon apareceu. Ele foi relacionado apenas no clássico com o Flamengo ainda na Taça Guanabra e diante do Oriente Petrolero (BOL) na Sul-Americana, mas sem entrar. Com Cris Silva fora por um resfriado, chegou a chance do jogador, que também quase viajou para Barranquilla e Cuiabá, mas se sentiu mal antes.

- Sou funcionário do Fluminense, tenho que respeitar os interesses do clube, vem em primeiro lugar. O Fluminense decidiu contratar dois laterais, eu não tenho problema nenhum com isso. Tenho que trabalhar. Claro que achava que deveria estar jogando, mas quem decide é o treinador. Eu tenho que colocar todo dia a pulga atrás da orelha dele. Recebendo a oportunidade, dando uma assistência. Quem sabe no outro jogo eu entre ou não, mas a chance pode vir a qualquer momento - afirmou o jogador.

De acordo com o "SofaScore", Marlon teve 19 minutos em campo e fez um desarme, ganhou um duelo no chão, deu nove toques na bola, acertando a maioria. Acertou um cruzamento e uma bola longa. Ele perdeu a posse três vezes. A orientação de Abel era para que justamente o lateral fizesse o Fluminense chegar melhor à frente, valorizando sua qualidade em alçar bolas na área. Dito e feito.

O vínculo de Marlon com o Fluminense, vale lembrar, está se encaminhando para os últimos momentos. Em junho o jogador já poderá assinar um pré-contrato com outro clube e deixar o Tricolor de graça. Ainda não há conversas pela renovação, mas o clube pensava no início do ano em fazer dinheiro para ter o retorno no investimento. Com apenas 50% dos direitos econômicos, o lateral-esquerdo teve sondagens de diversos clubes, incluindo Fortaleza e outros do Leste Europeu, mas nenhum modelo de negócio agradou ao Flu.

RELAÇÃO COM ABEL

Quando Marlon chegou ao Fluminense, Abel Braga também era o treinador da equipe e foi quem deu sequência ao jovem. Depois da saída do treinador, o lateral foi sendo cada vez menos utilizado até perder de vez o espaço. Em entrevista ainda em fevereiro, após a vitória contra o Audax Rio, o treinador falou pela primeira vez sobre a situação do jogador e afirmou que naquele momento ainda estava testando os reforços. Quase três meses depois, veio a chance.

- Eu pedi a contratação do Marlon depois dos jogos contra o Criciúma. É um jogador que eu gosto bastante. O clube contratou dois laterais, ainda tem ele e o Danilo. Estamos analisando com calma para que a gente não fique com jogadores sem oportunidade. É um atleta que confiamos. Vamos esperar o momento. Não conhecia o Pineida, conheci pelos jogos da Libertadores contra Fluminense e Flamengo. O Cristiano vi 15 minutos contra o Real Madrid, nem sabia que tinha passado pelo futebol carioca. Ele comentou comigo que agora está vendo o peso da camisa. Isso tudo vai criando amadurecimento. Não existe nada do Marlon, tenho um plantel com 28, 29 jogadores - disse Abel.

Com Abel, Marlon fez 37 partidas entre 2017, 2018 e 2022. São 32 como titular e nove assistências. Juntos, tiveram 14 vitórias, 10 empates e 13 derrotas. Neste sábado, contra o Internacional, o lateral espera para ver se terá uma nova chance de mostrar seu futebol. O Fluminense entra em campo às 19h no Maracanã, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.

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