Em nome de Fred: torcedores eternizam ídolo do Fluminense na pele e no RG
Diogo Calixto deu à pessoa mais importante de sua vida o nome do atacante; Tainara, Thayane, Bernardo, Paulo e Mattheus colocaram no corpo a idolatria
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A reação catártica no Maracanã depois do gol de Fred contra o Corinthians ajuda a explicar a forte relação entre jogador, torcida e Fluminense. Mas qual é o maior ato de amor que você já fez por alguém? Qual ação permite que entendam a importância de uma pessoa na sua vida? Para os tricolores, o que não faltam são exemplos do respeito e gratidão ao camisa 9. Para Diogo Calixto, a maneira de demonstrar o carinho pelo centroavante foi com a pessoa mais importante da vida: o filho, Frederico de Mendonça Calixto.
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Em entrevista ao LANCE! para um material especial sobre o centroavante que será disponibilizado em breve, o torcedor explicou o que levou ele a homenagear o ídolo.
- Na verdade eu sempre quis (colocar o nome de Fred). Desde quando me enxerguei pai eu falava que, se puder, se couber, vai ser Frederico em homenagem ao Fred. Por todo simbolismo que ele tem, não só pelo clube. Dentro da minha crença clubística eu cresci ali naquela fase de maturação desse sentimento no final da década de 90. Eu vivi os piores dias da história do clube. Então o Fred tem todo simbolismo de um Fluminense grande, forte, vitorioso. Nasce daí esse sentimento, esse amor que não só eu, mas toda torcida tem por ele. Aí a ideia de ter um filho com esse nome, bem, já era desde sempre.
Como Diogo vai explicar ao "Fredinho" o significado do nome? Há toda uma tática preparada, inclusive para que o pequeno também crie a identificação com o Fluminense.
- Eu tenho preparado um dossiê para isso. Recentemente consegui um autógrafo na camisa de 2012, do título, e a primeira coisa que fiz foi emoldurar. Está em um hall que temos lá em casa. A primeira camisa oficial que o Fredinho ganhou ele autografou e colocou lá "xará, um abraço do seu amigo". Emoldurei, nunca mais deixei ele usar, está no quarto dele. É um exercício. Eu costumo dizer que a coisa do sentimento precisa ser praticado. Não venho medindo esforços para isso. Todo canto da casa tem um registro. Sempre que posso eu sinalizo, converso, mostro. E ele está sempre no estádio também. Vão ter vários registros para a gente compilar e explicar essa história. "Bom, senta aqui, deixa eu explicar".
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Diogo foi um dos personagens de uma produção do LANCE! que reuniu representantes desse amor por Fred. Não o único. Tainara Gonçalves da Silva marcou o rosto do camisa 9 na coxa. Ela tem uma página sobre o centroavante, a Brave Tricolor, onde vive o clube 24 horas por dia.
- Fiquei sete horas e meia tatuando o rosto do Fred. A inspiração é para carregar comigo, mostrar a minha idolatria. O respeito pelo jogador que respeita a camisa, respeita a torcida. É um jogador que a minha geração é carente de ídolos, chega o Fred que faz gol, se doa em campo. Minha ideia foi carregar comigo o Fred para o resto da minha vida, literalmente - contou.
Thayane da Silva Falcão também terá para sempre a marca do ídolo. O sonho ainda é completar com o autógrafo de Fred. Ao L!, ela relembrou como foi saber que o ídolo estava de volta às Laranjeiras em maio de 2020.
- Nossa, eu acompanhei a vinda dele de bicicleta. No dia que ele chegou a Laranjeiras eu chorei o dia inteiro de felicidade. Foi muito importante. Desde que ele saiu, uma coisa que a gente nunca quis, sempre confiei que ele voltaria. Ver ele voltando foi muito bom, muito feliz. Infelizmente ele está acabando, mas só de ver ele acabando a carreira aqui, parando por aqui é muito gratificante. Nossa, falta pouquíssimo. Não ter podido acompanhar dói, mas sentimos uma gratidão imensa e eterna por ele ter feito história no nosso clube.
Bernardo Ostrovski tem na perna a marca do que talvez seja o gol mais bonito da carreira de Fred. Ele quis colocar na pele a lembrança do título brasileiro de 2012, quando o camisa 9 teve provavelmente o melhor ano da carreira.
- Dá até um pouco de arrepio. Eu tenho 28 anos, acho que para as pessoas da minha geração com 30, 30 e poucos, o Fred é o Fluminense. Ele é a cara do clube, é um torcedor. Em campo é o que a gente quer ver de um jogador sempre. É um torcedor, dá a vida. Ver ele voltar é tipo nossa, por mais que estivesse mais velho, não é o mesmo Fred, tanto faz. É o Fred, a gente quer ver ele no Fluminense o máximo de tempo possível, o máximo de tempo que ele quiser. É uma alegria imensurável, um prazer imenso - disse.
- Para mim é a coisa mais importante de um jogador do meu time é conseguir enxergar ele como um torcedor, alguém que se identifica de verdade com o clube. Por mais craque que um jogador possa ser, se eu não consigo ver ele demonstrar que se importa com aquilo, entende o que é o Fluminense, eu não vou ter alguma simpatia por ele, criar um vínculo. E o Fred além de ser todo craque que é, ele veste um torcedor dentro de campo. Está no banco de reservas, na arquibancada, foi expulso, mas está lá vibrando, gritando no vestiário. Parece que é um assistente técnico. Isso é muito maneiro, é algo que mexe muito com a gente, importante - completou.
Paulo Roberto Barreto Matos e Mattheus Miranda Barreto Matos são de duas gerações diferentes, mas compartilham, além da relação como pai e filho, o amor pelo Fluminense e por Fred. Os dois marcaram na pele o número do jogador com as cores tricolores. Mesmo tendo vivido fases diferentes do Flu, ambos enxergam o atacante como o maior da história.
- Para mim é o maior. Porque eu uso a referência dos que eu vi jogar. Sei que o Fluminense teve vários ídolos, mas eu não acompanhei. Para mim é o Fred. Para mim ele representou um período de vitórias do Fluminense e o que ele fez extra-campo também mostrou a grandeza dele. Em 2014 ele era o único jogador do Brasil que era titular. Lembro das reportagens, tudo quanto era jornal e televisão, comentários do Fred, e Fred era relacionado ao Fluminense. Quando fala Fred, coloca Fred e Fluminense - disse o pai.
- Para mim sem dúvidas também é o Fred. Fred e Thiago Silva, mas o Fred ainda passa um pouquinho. O Fred é por tudo. Eu com 10 anos já vi título brasileiro, 2012 também vi e ele estava lá puxando, levantando taça. Ficou marcado como o cara que vai levantar taça para o Fluminense depois de tanto tempo. Meu pai também podendo me ver vendo os títulos foi diferente que eu sei. Ele representa essa esperança de títulos e de volta do futebol bonito - completou o filho.
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