Equilíbrio entre juventude e experiência vira desafio para Marcão
Técnico do Fluminense optou por medalhões do time juntos em campo no clássico com o Flamengo, mas estratégia não funcionou como esperado e um deles deve ser barrado
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Sob o comando do técnico Fernando Diniz, o Fluminense entrava em campo com um time formado por muitos jovens. A chegada de Oswaldo de Oliveira mudou o cenário e nomes com um histórico mais longo no futebol recuperaram espaço. O atual trenador Marcão agora quebra a cabeça para encontrar um equilíbrio entre juventude e experiência no Tricolor. A escalação adotada no Fla-Flu, que priorizava os medalhões não funcionou como esperado. A tendência é que na partida contra a Chapecoense, no próximo sábado, o comandante do Flu opte por sacar Ganso, Nenê ou Wellington Nem.
Contra o Flamengo, Ganso e Nenê atuaram juntos no meio-campo. A estratégia se mostrou ineficaz diante de um adversário com características ofensivas, com a pouca intensidade de ambos na marcação. O Rubro-Negro manteve o domínio na maior parte do tempo.
Wellington Nem entrou no lugar de João Pedro no ataque. Conhecido por ser um atacante rápido que joga pelas pontas, Nem não se adaptou a função de referência ofensiva. Yony González, que originalmente ocuparia a função, acabou precisando cobrir os avanços do Fla pela esquerda e o time não tinha para quem lançar a bola na frente.
Para o jogo de sábado, contra a Chape, Marcão deve abrir mão de um dos três nomes mais experientes. Diante dos espaços defensivos deixadoss nas últimas partidas, a tendência é que o técnico teste uma formação com mais um volante em campo. Como opções tem Airton e Yuri e nesta escalação Ganso ou Nenê iniciariam no banco. Outra possibilidade é repetir o time que venceu o Bahia, sem Ganso e com Nenê no meio e o trio de ataque formado por Nem, João Pedro e Yony.
Sem tempo a perder, o treinador precisa pensar em soluções e equilibrar juventude e experiência. O meia Daniel, de 23 anos, antes esquecido por Oswaldo voltou a ser titular. O lateral-esquerdo Orinho, de 24 anos, também tem entrado durante as partidas, mas ainda não rendeu o esperado. Allan e Caio Henrique foram outros jovens que não foram substituídos por Marcão enquanto estiveram em campo.
Por outro lado, alguns jogadores da base perderam espaço com o novo técnico, além de João Pedro. Marcos Paulo entrou apenas nos acréscimos contra o Grêmio. Miguel, de 16 anos e xodó de Diniz, só foi relacionado uma vez com Marcão, contra o Cruzeiro. Evanilson, artilheiro tricolor no Sub-20 ainda não teve oportunidade no profissional. A explicação passa pela cobrança de resultados, em que a capacidade de saber lidar com crises conta mais para o treinador.
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Garotos resolveram em 2009
Em 2009, o ano da histórica arrancada tricolor para escapar do rebaixamento, o Flu também sofria com atletas experientes que rendiam muito abaixo do esperado, quando a equipe erada dada como matematicamente rebaixada.
A solução encontrada pelo então técnico Cuca foi apostar nos jogadores revelados em Xerém. Aos poucos foi introduzindo nomes como Diogo, Alan, João Paulo, Dieguinho, Tartá, Digão, Fábio Neves, Maicon e Dalton. Os medalhões Luiz Alberto, Wellington Monteiro, Rui e Equi González perderam espaço. Com as mudanças, Mariano, Diguinho, Marquinho e Maurício também melhoraram o desempenho.
O "Time de Guerreiros", se salvou na última rodada com 46 pontos, 19 deles conquistados nos últimos sete jogos do time.
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