O roteiro se repete para o bem e para o mal no Fluminense. Seja pelo “Dinizismo” eficiente e perigoso nos primeiros minutos de cada tempo ou só pela fragilidade defensiva. Foi com esses dois elementos tão presentes nos últimos jogos que o Tricolor acabou ficando no empate por 2 a 2 com o Corinthians no primeiro confronto da semifinal da Copa do Brasil, no Maracanã.
O sentimento da torcida, traduzido pelo misto de vaias e aplausos ao final da partida, foi de um balde de água fria. Quando Michel Araújo se atrapalhou já nos acréscimos, a torcida fazia a festa pelo bom resultado em casa e na tranquilidade que a partida se apresentou. O Corinthians aparentou pouquíssimo perigo no segundo tempo.
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No geral, foi um jogo bom do Flu e com pontos importantes a se observar. Primeiro o intenso poder de intensidade do time nos momentos iniciais. Primeiro com o pênalti sofrido e a frieza de Paulo Henrique Ganso para abrir o placar. Segundo com o golaço de Jhon Arias em excelente jogada dos laterais. Cris Silva, inclusive, voltou a entrar bem em partida ruim de Caio Paulista. Será o lateral outro possível recuperado de Fernando Diniz? É preciso observar as cenas dos próximos capítulos.
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Mas o que fica marcado no Maracanã são os erros. Se em jogos grandes normais são os detalhes que definem, em mata-mata cada pequeno equívoco pode ser fundamental. E foram nesta quarta-feira. Primeiro, André e Nonato fizeram uma trapalhada no meio-campo. Em lance bem similar a um dos gols do Coritiba no último final de semana, Yuri Alberto e Renato Augusto não desperdiçaram. Não é a primeira e nem a última vez que isso acontece.
Outro erro infantil deixou o gosto amargo. O relógio batia 44 minutos e 29 segundos quando Michel Araújo se livrou da bola de qualquer jeito perto da linha de fundo. Fausto ficou com a bola, Fagner completamente livre encontrou Róger Guedes que só precisou girar e marcar o empate. Uma quebra de clima totalmente desnecessária para um Fluminense que dominou quase completamente as ações no segundo tempo.
Fernando Diniz demonstrou incômodo com o rendimento. Mesmo quando o Flu vencia, deu uma bronca em Arias, que andava pelo campo e imediatamente começou a correr. Brigou também com a torcida, que acendia sinalizadores e provocou uma paralisação na partida. Cobrava, gritava, acompanhava as jogadas, como ele costuma fazer, mas de maneira ainda mais intensa. O treinador sabe que o time pode muito mais do que entregou.
Os dois times só voltam a se enfrentar no próximo dia 15 de setembro, quando o Fluminense vai até a Neo Química Arena para o jogo de volta contra o Corinthians. Antes disso, o Tricolor enfrenta o Palmeiras no sábado, às 19h, no Maracanã, em confronto direto do Campeonato Brasileiro.