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Trocas sem efeito e defesa exposta: a derrota ‘tática’ do Flu para o Grêmio

Renato Gaúcho admitiu que viu na troca de esquema tático do Fluminense uma oportunidade de vencer a partida. Erros frustram Flu, mas servem de aprendizado 

Fluminense x Grêmio - Everton
imagem cameraEverton foi o autor do gol da vitória do Grêmio (Foto: Thiago Ribeiro / AGIF) 
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ) 
Dia 29/09/2018
20:21
Atualizado em 30/09/2018
08:00

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Tudo parecia caminhar para um empate sem gols no Nilton Santos. O Fluminense, completamente lançado ao ataque, buscava o gol para garantir os três pontos em casa. O Grêmio, com reservas, aguardava a bola certa para dar o bote. O tento gremista veio no último minuto, mas o placar não mostra dois pontos que decidiram o confronto: trocas sem efeitos e exposição defensiva. A derrota veio antes de Éverton marcar. 

– Quando vi que Gum sairia, chamei imediatamente Everton. Tínhamos de ter velocidade dos lados, mas agora tendo que enfrentar dois zagueiros. Sabíamos que encontraríamos espaço no momento que um dos 3 zagueiros saísse – disse Renato Gaúcho após a partida.

Muito antes das vaias aos jogadores, dos gritos de "burro" para Marcelo Oliveira ou da substituição de Sornoza, uma substituição ditou o tom do final da partida. No Flu, O zagueiro Gum deixou o campo para entrada de Marcos Júnior. No Grêmio, Everton imediatamente foi chamado para o lugar de Pepê. Na leitura de jogo, o lado gremista levou a melhor. 

O próprio Renato Gaúcho admitiu que a ideia era jogar com velocidade nos espaços deixados pela defesa e, mesmo antes da substituição, poderia ter aberto o placar. Pepê teve duas chances, mas abdicou da finalização para tentar um pênalti que não foi marcado. Após a troca, Thaciano entrou livre na área e balançou as redes, mas o tento foi anulado pelo árbitro por toque de mão. Todos os lances explorando as costas dos zagueiros. 

Everton aproveitou um cenário que estava sendo desenhado, mas a queda de produção do Fluminense no final da partida também entra no campo das substituições não terem efeito. Sornoza deixou o campo para entrada de Kayke e o "abafa" dos minutos finais foi por água abaixo. O treinador admitiu que foi uma aposta que acabou não dando certo. 

- As vezes a substituição não é só técnica, pode ser tática, física e até disciplinar. Foi uma aposta jogar com dois atacantes. O Luciano jogou em sua melhor fase no Corinthians e no Avaí como primeiro atacante, mas como segundo também, se aproximando do primeiro. Mas as escolhas do treinador são baseadas nas suas convicções, treinamentos e jogos anteriores. Foi uma aposta. Não por isso não chegamos lá. Mas diminuiu um pouco nosso poderio ofensivo - declarou Marcelo Oliveira. 

O Grêmio soube se defender da mudança de esquema do Fluminense. Marcos Júnior entrou bem, mas a saída de Gum acabou pesando mais do que o esperado. Já Kayke entrou como centroavante e pouco levou perigo ao gol gremista, além de puxar Luciano para o meio - posição onde tem rendido menos que quando atua como referência. 

No jogo de abafa do Fluminense, melhor para o Grêmio. Apesar de tudo, o cenário não parece ser de terra arrasada. O Tricolor tem uma sequência de jogos em casa e precisa de vitórias para fazer pontos importantes no Brasileirão. A derrota é frustrante, mas pode servir de aprendizado. 

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