Nathan é o melhor, mas reforços estreiam mal e falta de entrosamento pesa em derrota do Fluminense
Abel Braga não acertou na tática para enfrentar o Bangu e sofreu a primeira derrota da temporada; Cristiano sentiu a partida e não foi bem
Depois de uma montagem de elenco que prometia surpresas, o Fluminense tropeçou na estreia do Campeonato Carioca e sofreu a primeira derrota do ano, por 1 a 0, para o Bangu, no Estádio Luso-Brasileiro. Com quatro estreantes em campo, o time não encontrou sintonia e sofreu o gol ainda no primeiro tempo em falha coletiva na defesa. Abel Braga, por sua vez, não acertou no esquema tático e deixou a desejar nas substituições, que também contaram com recém-chegados ao clube.
Para a primeira rodada do estadual, Abel optou pelo esquema com três zagueiros. A estratégia, porém, não reforçou o sistema defensivo, que esteve desorganizado na maior parte do jogo. Mesmo com Felipe Melo, Nino e David Braz atrás, o Tricolor não conseguiu impedir o gol e algumas boas (mas poucas) finalizações do Bangu. Com apenas Fred e Willian na frente, o time encontrou dificuldades na criação, que só melhorou com a entrada de Luiz Henrique na segunda etapa.
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Diferente do técnico, Felipe Melo começou agradando a torcida. Ainda nos primeiros lances do jogo, o zagueiro venceu duelos e foi aplaudido no Luso-Brasileiro. Porém, recebeu um cartão amarelo aos 20 minutos de jogo e falhou, junto com Nino, no gol do Bangu. Foi substituído no início do segundo tempo em uma tentativa de dar mais dinâmica e mudar o esquema tático. Mas a falta de entrosamento pesou ao longo dos 90 minutos.
Na lateral-esquerda, Cris Silva fez sua primeira atuação com a camisa do Flu. O jogador, que teve a contratação questionada por conta do valor de R$ 9 milhões, deixou a desejar na movimentação em campo e na troca de passes. Além disso, não contribuiu para o setor ofensivo, mesmo adiantado. Assim, permitiu o avanço do adversário pelo seu lado em mais de um lance, de forma que André cumpriu sua função em alguns momentos. O próprio Abel admitiu que o jogador sentiu a estreia.
No meio, Nathan foi na direção contrária do desempenho da equipe. O camisa 13 ajudou o setor ofensivo a construir jogadas, finalizou duas vezes e compôs uma boa dupla com Samuel Xavier pela direita, ao menos no início da partida. Mesmo com as dificuldades no ataque, auxiliou na transição ofensiva e encontrou espaços na área adversária. O jogador talvez tenha sido quem mais tentou. Acabou substituído por Martinelli no segundo tempo.
No ataque, Willian Bigode iniciou o jogo ao lado de Fred. O atacante chegou a arriscar uma finalização, mas não apareceu muito durante a partida. O mesmo pode ser dito de Pineida, que entrou no segundo tempo e apresentou dificuldade em jogar pela direita, função que não cumpre há anos, já que atuou pela esquerda no Barcelona de Guayaquil (EQU).
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Apesar da falta de entrosamento do time, principalmente depois do gol, um reforço despertou curiosidade. Germán Cano entrou aos 33 minutos e aproveitou a primeira chance que teve. Levando perigo, o atacante foi derrubado, mas a arbitragem não deu o pênalti, marcando apenas uma falta fora da área no último lance da partida. De qualquer forma, foi a melhor chance de empate que o Tricolor na segunda etapa.
Sem muito tempo para entrosar a equipe, Abel Braga precisará reverter o desempenho apresentado para voltar à final do Carioca e avançar na Libertadores. Ainda que o calendário não seja um aliado, opções no banco não faltam para que o técnico possa encontrar o estilo de jogo deste elenco.
Sem pontos na Taça Guanabara, o Fluminense volta a entrar em campo no próximo domingo, quando enfrenta o Madureira às 18h, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
*Estagiária sob supervisão de Luiza Sá