Pouca objetividade e dependência de Pedro: a derrota do Flu no Mineirão

A irregularidade do Fluminense voltou a ser um problema e, depois de uma vitória muito importante em casa, o Tricolor perdeu para o Cruzeiro no Mineirão em duelo marcado por erros e o drama do atacante Pedro. Sem objetividade e poder de fogo para matar o jogo, o time de Marcelo Oliveira mostrou mais uma vez a dependência de seu camisa 9.

O Tricolor começou o jogo tocando bola com paciência no campo adversário, mas sofreu as consequências de não aproveitar a posse para criar boas chances. Aos 14 minutos, Gum fez falta boba muito perto da área e, de quebra, ainda ficou suspenso para o próximo jogo, contra o São Paulo. Raniel desviou de cabeça para matar Júlio César e correr para o abraço.

A resposta foi positiva. Apesar da dificuldade para manter a bola no pé, o time de Marcelo Oliveira não se desesperou mesmo com a crescente na confiança dos donos da casa. Henrique deu uma ajudinha após ótima jogada de Ayrton Lucas para deixar tudo igual. Porém, o número baixo de finalizações voltou a ser um dos problemas.

A história poderia ser diferente se não fosse a dificuldade de fazer a bola chegar até Pedro. Mesmo fazendo as jogadas pelas laterais e rodando pelo meio, o camisa 9 ficou muito isolado em campo e, sem seu principal jogador, que ainda saiu machucado, a vida se complicou completamente.

O jogo ficou muito mais desorganizado na segunda etapa, com o Cruzeiro obrigando Júlio César a fazer algumas boas defesas. O Flu optou por tentar fazer passar o tempo, mas se complicou e levou o gol em uma infelicidade de Ayrton Lucas. Depois, diferentemente do primeiro gol, se desorganizou em campo e deixou as laterais sem cobertura, sem possibilidades de reação.

Pesou a enorme falta de organização, vista antes em outros jogos, como Internacional e Bahia. Além disso, é evidente a dependência de bons jogos de Pedro e, sem ele, o time perde confiança. Em partidas que o Fluminense encontra dificuldades para se conectar com seu centroavante, a criatividade pesa. Sornoza, que poderia ser a origem de lances mais diferentes, não voltou a encontrar seu melhor futebol.

COMO COMEÇOU:

Júlio César; Gilberto, Gum, Ibañez, Ayrton Lucas; Richard, Jadson, Dodi e Sornoza; Matheus Alessandro e Pedro.

COMO TERMINOU:

Júlio César; Gilberto, Gum, Ibañez, Ayrton Lucas; Richard, Dodi e Daniel; Junior Dutra, Matheus Alessandro e Kayke.