Assassino confesso de Daniel recebeu oferta de R$ 70 mil para sair da prisão
Edison Brittes recebia de 35 a 40 bilhetes por dia na cela. Ele confessou a irregularidade e acabou sendo transferido para Curitiba
Edison Brittes, que está preso pelo assassinato do jogador Daniel, em outubro do ano passado, confessou que recebia vários bilhetes destinados a sua cela no presídio de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Em um destes bilhetes, constava uma oferta de R$70 mil para uma fuga da prisão, além de pedidos de ligação telefônica.
Edison prestou depoimento, depois que policiais encontraram os bilhetes após uma revista em sua cela. Ele afirmou que não pretende fugir, e também alegou que não foi flagrado com celular, nem com respostas para os bilhetes.
Um dos recados, mandado por um preso identificado como Richard, propõe que Edison pague R$ 70 mil reais para um plano de fuga. Além disso, Richard propõe que, logo após a fuga de Edison, vai resgatar Cristiana e Allana Brittes, mulher e filha do empresário, que também estão presas acusadas de envolvimento no crime.
- Edison Brittes, hoje, é dono de uma mística no Departamento Penitenciário. Principalmente, de uma mística, de um mito de que ele tem dinheiro. O próprio apelido que deram a ele de Juninho Riqueza atrai esse tipo de situação. Esses bilhetes não foram lidos por ele, muito menos respondidos - afirmou Claúdio Dalledone, advogado do empresário á RPC Curitiba.
Relembre o caso
O jogador Daniel Correa foi morto depois de participar da festa de 18 anos de Allana Brittes, filha de Edison. A festa, que começou em uma casa noturna em Curitiba, continuou na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais (PR). De acordo com o empresário, conhecido como Juninho Riqueza, Daniel teria tentado estuprar a sua mulher, Cristina.
De acordo com a Polícia, não houve tentativa de estupro. O jogador foi espancado na casa da família, e levado até um matagal, onde foi mutilado e morto.