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Cartolouco critica ‘padrão Globo’ em entrevista: ‘Têm medo do povo, não se misturam com a arquibancada’

Demitido pela emissora carioca em abril, jornalista Lucas Strabko acredita que ter fugido do protocolo adotado pelo jornalismo acabou prejudicando a sua permanência

Cartolouco
imagem cameraJornalista criticou o jornalismo da Globo (Foto: Reprodução/Instagram)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 21/10/2020
12:06

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Sempre polêmico, Lucas Strabko,  mais conhecido do público como Cartolouco fez críticas ao padrão adotado pela Rede Globo no jornalismo. Demitido da emissora em abril, ele acredita que ter ousado acabou prejudicando sua permanência na empresa.

– A Globo é muito 'coxinha', de seguir um padrão, ter fazer tudo no jeito deles. Eu pensei que se eu não fizesse algo diferente ali, eu nunca teria destaque. Comecei a 'meter o louco' ali e fui mandado embora. Mas foi legal. É sempre tudo parecido com os jogadores, as mesmas perguntas. Eu queria aproximar o jogador com o público. E deu certo. As matérias davam muita audiência. Tem gente na Globo que tem medo do povo, parece. Não se misturam com arquibancada, com organizada –disse Strabko, em entrevista ao Pânico, da Rádio Jovem Pan.

Cartolouco opinou sobre os episódios controversos que culminaram em demissão, como a guerra de álcool em gel e conflitos com algumas torcidas.

– A guerra de álcool em gel ajudou a ser demitido. Isso aí viralizou. Eu pensei: 'ninguém vê Redação SporTV, vou fazer a guerra de álcool em gel aqui'. Foram dez segundos. E viralizou. Foi muito legal. E antes da pandemia ainda. Também teve a vez que eu chamei o Fortaleza de 'pequenininho'. Quase fui mandado embora. Cheguei a ser ameaçado de morte pela torcida. A torcida do Ceará me ama. Mas a do Fortaleza me odeia. Não posso pisar no Beach Park. Ao vivo, eu virei o símbolo do Fluminense de ponta cabeça e falei que só ia desvirar se pagasse a Série B. Tomava bronca por todas essas coisas. 

O jornalista também opinou sobre o caso Robinho. Para ele, não há perseguição ao jogador por parte da emissora. 

– O Robinho foi condenado na Itália. As pessoas públicas têm que servir de exemplo para as outras. Não pode voltar para o Santos como ídolo, querido pela torcida. Não acho que tem uma campanha de difamação contra ele. Hoje, ele só é milionário porque o futebol é transmitido pela Globo, porque tem muito patrocínio, porque o futebol rende muito dinheiro. O ônus da profissão é se tornar uma pessoa pública. E ele tem que saber disso. O Robinho se apropriou dessa história Bolsonaro x Globo para ver se o pessoal comprava a ideia dele, mas ele não tem nada a ver com isso – concluiu.

Cartolouco foi um dos participantes da 12ª edição do reality show A Fazenda, da TV Record. Ele quarto eliminado da atração.

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