Ex-árbitros falam de preparação para finais e dão dicas para juiz que apitará Flamengo x Corinthians
Ao LANCE!, Arnaldo Cézar Coelho e Sálvio Spinola também opinaram sobre o lance polêmico da primeira final da Copa do Brasil
O primeiro jogo da final da Copa do Brasil, entre Corinthians e Flamengo, na última semana, foi marcado por uma polêmica. Um possível pênalti para o time paulista, não anotado pelo árbitro, repercutiu na imprensa e nas redes sociais. Nesta quarta, os clubes se enfrentam novamente, com Wilton Pereira Sampaio no comando do jogo. Os ex-árbitros Arnaldo Cézar Coelho e Sálvio Spinola falaram sobre a situação do duelo de ida e a preparação para esse tipo de partida.
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- Geralmente, nesses jogos de mata-mata, o primeiro é mais fácil do que o segundo. No primeiro, os jogadores se comportam porque não querem tomar um cartão vermelho ou um terceiro amarelo, então ficam mais comedidos. Nesse Flamengo e Corinthians, tem um lance diferente. A torcida do Corinthians acha que o juiz não teve coragem de marcar um pênalti contra o Flamengo lá em São Paulo e criou um ‘climazinho’. Esse problema de clima sempre vai existir - disse Arnaldo.
Na primeira partida, a bola bateu no braço de Léo Pereira dentro da área após cruzamento de Mateus Vital. Bráulio da Silva Machado mandou o jogo seguir, mas parou em seguida para análise do VAR. No entanto, o árbitro de vídeo também não entendeu o lance como pênalti. Para Sálvio Spinola, comentarista da Central do Apito, da Globo, a equipe de arbitragem acertou na decisão. O ex-árbitro também elogiou a escolha de Wilton para o jogo de volta.
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- Pelo lance, não é pênalti. É unanimidade no mundo da arbitragem que esse lance não é pênalti. No momento a melhor escolha. É o trio brasileiro para a Copa do Mundo. Wilton já tem finais no currículo, é muita experiência. É o melhor nome disponível para este jogo - opinou Sálvio.
Na Neo Química Arena, Flamengo e Corinthians ficaram no 0 a 0, e o campeão será conhecido a partir das 21h45 desta quarta. Sálvio Spinola também já foi responsável por apitar a decisão de uma Copa do Brasil, em 2011, quando o Vasco se sagrou campeão. O comentarista de arbitragem também soma uma final de Copa América no currículo. Arnaldo Cézar Coelho, por sua vez, foi mais longe, e apitou uma final de Copa do Mundo, em 1982. Os dois falaram como se preparar para uma final desta magnitude.
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- O árbitro tem que se concentrar e não se preocupar em ler jornal, em ler comentário, não bater papo com o porteiro do prédio, que pode ser corintiano ou flamenguista. Ele tem que ficar ‘cool’, de preferência ver um filme na véspera, dormir cedo, ir com calma e tranquilidade, que é como terá que levar o jogo - comentou Arnaldo.
- Não pode acompanhar as notícias e tem que se blindar de reclamações. Sim, é possível entrar tranquilo quando é um árbitro acostumado com este clima, árbitro novato sofre a influência. Nas primeiras finais apitadas foi difícil controlar a ansiedade, mas depois de algumas finais, com experiência, passou a ser mais tranquilo. Isso influencia. A CBF fez concentração dos árbitros com análises de jogos anteriores e estudo de vídeos. Preparação da equipe para o jogo - explicou Sálvio.
