‘Gabigol deveria ficar em quarentena para não colocar equipe em risco’, diz infectologista
Médico e Professor Doutor da UFRJ, Edimilson Migowski avaliou o perigo de aglomeração que jogador participou na madrugada deste domingo
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Atacante do Flamengo, Gabriel Barbosa, o Gabigol, foi flagrado em uma aglomeração de cerca de 200 pessoas em um cassino clandestino em São Paulo neste domingo. O atleta, contudo, se apresenta ao clube para a temporada de 2021 nesta segunda-feira. Ao L!, o médico e Professor Doutor em Doenças Infecciosas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ), Edmilson Migowski, avaliou quais as medidas que podem ser tomadas para diminuir os perigos de contágio para o resto do elenco.
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- Eu creio que, em uma situação como essa onde o jogador frequenta um ambiente com grande circulação do vírus sem a devida proteção, ele deveria ficar, a princípio, em quarentena, em observação, até mesmo fora das aglomerações e do próprio grupo de atletas, sob a pena de outros atletas pegarem a doença a partir dele - explicou o infectologista.
O professor enfatizou que qualquer aglomeração sem seguir as normas de proteção, como máscara e o distanciamento, tem o risco de disseminar a doença.
- A situação na cidade de São Paulo nesse momento é bastante crítica. Nós sabemos que é muito elevada a circulação do vírus que causa Covid-19, portanto as aglomerações devem ser sim totalmente desestimuladas. Principalmente quando você aglomera sem o devido cuidado, sem o uso da máscara, higienização das mãos, e aí o risco aumenta - disse.
O especialista também destacou que o clube não poderia ter fiscalizado o comportamento de Gabigol durante suas férias.
- É complicado né, é livre-arbítrio. O atleta de férias pode fazer o que quiser. Agora, o problema é que ele acaba colocando em risco o restante do plantel. Até porque a atividade futebolística é uma atividade que não tem como fazer com máscara, com grande distanciamento, ou seja, é uma situação que coloca em risco os demais colegas da mesma equipe - concluiu o médico.
Gabigol já falou sobre o caso e disse que, além de não ter o costume de frequentar cassinos, "faltou sensibilidade de sua parte". O atleta foi conduzido à delegacia de Polícia e o delegado que conduziu a operação afirmou que o atacante foi "arrogante".
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