Jogadoras de clube mineiro denunciam assédio em Campeonato Brasileiro feminino
Caso envolve um membro da equipe de arbitragem na estreia do torneio nacional

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A estreia do Campeonato Brasileiro feminino foi marcada por polêmica no empate por 1 a 1, de América-MG e Juventude, no último sábado (23), em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Quatro jogadoras do clube mineiro denunciaram um membro da equipe de arbitragem do confronto por assédio sexual.
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De acordo com o site "Ge", um boletim de ocorrência foi registrado na 8ª Delegacia de Bento Gonçalves após a partida. A arbitragem foi realizada pela árbitra Jenifer Alves de Freitas, do Rio de Janeiro, e os assistentes Cassio Pires Dornelles e Claiton Timm, ambos do Rio Grande do Sul. O quarto árbitro foi o gaúcho Eduardo Bastos.
Em nota, o América-MG repudiou a situação em que as jogadoras foram expostas e contou mais detalhes sobre o caso. Conforme divulgado, o caso aconteceu antes mesmo do início da partida. Um membro da arbitragem teria realizado piadas de cunho sexual para uma das jogadoras, que flagrou o gesto. Vale destacar, que até o momento nenhum nome foi revelado.
Nota do América-MG
"O América Futebol Clube vem a público manifestar seu profundo repúdio e indignação diante de um episódio repugnante ocorrido neste sábado (22), na estreia da equipe no Campeonato Brasileiro Feminino.
Após a partida contra o Juventude, em Bento Gonçalves, atletas de nossa equipe registraram um boletim de ocorrência e prestaram queixa em uma delegacia da cidade contra um dos árbitros auxiliares do jogo. Antes do início da partida, através do rádio comunicador, entre seus pares de profissão, o profissional proferiu palavras e piadas de cunho sexual, se referindo às nossas atletas, em um comportamento absolutamente inaceitável e que configura grave ofensa.
O Clube confia que as autoridades competentes atuarão com rigor na apuração dos fatos e na aplicação das sanções ao agressor. Na próxima segunda-feira (24), enviaremos um ofício à CBF, relatando o ocorrido e colocando-se à disposição para colaborar com as investigações e com a implementação de medidas que previnam a reincidência de casos como este.
O América Futebol Clube reafirma seu compromisso com a promoção de um ambiente esportivo respeitoso e livre de qualquer forma de violência ou discriminação".

O que diz a súmula da partida?
A denúncia das jogadoras do América-MG foi registrada pela arbitragem na súmula da partida. A árbitra Jenifer Alves de Freitas declarou que a equipe polícial presente no confronto se direcionou a ela para alerta sobre a intenção das atletas em registrar um Boletim de Ocorrência. Todos os árbitros se direcionaram para a delegacia para prestar depoimento.
- Após o término da partida, a equipe de arbitragem foi abordada pelos policiais que faziam a segurança do jogo, e os mesmos relataram que uma atleta da equipe do américa saf, queria registrar um boletim de ocorrência, contra um dos membros da equipe. a equipe de arbitragem acompanhou os policiais até a delegacia de policia da cidade do jogo (Bento Gonçalves) para prestar esclarecimentos. Foi feito um registro policial. Foi solicitado via delegacia o relato da ocorrência da outra parte interessada e o escrivão de plantão informou que o mesmo não pode ser fornecido no presente momento - diz a súmula.
Pronunciamento da CBF
Após tomar ciência dos fatos a CBF emitiu um comunicado oficial e informou que afastou o árbitro Claiton Timm, principal suspeito pelo ato. Ele ficará afastado até final da apuração da denúncia. Em caso de comprovado o assédio, a Federação irá bani-lo.
"A Comissão de Arbitragem da CBF informa o afastamento do assistente de arbitragem Claiton Timm, da Federação Gaúcha de Futebol, até o final da apuração da denúncia de assédio feita por atletas do América-MG na partida contra o Juventude, pela primeira rodada do Brasileirão Feminino A1. Caso seja considerado culpado, o assistente será banido da arbitragem. A CBF irá solicitar também ao STJD e às autoridades policiais uma investigação rigorosa do caso. A CBF reafirma seu compromisso no combate ao assédio e também contra todo tipo de preconceito no futebol."
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