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Jogadoras de clube mineiro denunciam assédio em Campeonato Brasileiro feminino

Caso envolve um membro da equipe de arbitragem na estreia do torneio nacional

Taça Brasileiro Feminino
imagem cameraTaça do Brasileirão feminino (Foto: Mauro Horita/CBF)
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Lucas Boustani
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 23/03/2025
16:33
Atualizado em 24/03/2025
09:32

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A estreia do Campeonato Brasileiro feminino foi marcada por polêmica no empate por 1 a 1, de América-MG e Juventude, no último sábado (23), em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Quatro jogadoras do clube mineiro denunciaram um membro da equipe de arbitragem do confronto por assédio sexual.

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De acordo com o site "Ge", um boletim de ocorrência foi registrado na 8ª Delegacia de Bento Gonçalves após a partida. A arbitragem foi realizada pela árbitra Jenifer Alves de Freitas, do Rio de Janeiro, e os assistentes Cassio Pires Dornelles e Claiton Timm, ambos do Rio Grande do Sul. O quarto árbitro foi o gaúcho Eduardo Bastos.

Em nota, o América-MG repudiou a situação em que as jogadoras foram expostas e contou mais detalhes sobre o caso. Conforme divulgado, o caso aconteceu antes mesmo do início da partida. Um membro da arbitragem teria realizado piadas de cunho sexual para uma das jogadoras, que flagrou o gesto. Vale destacar, que até o momento nenhum nome foi revelado.

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Nota do América-MG

"O América Futebol Clube vem a público manifestar seu profundo repúdio e indignação diante de um episódio repugnante ocorrido neste sábado (22), na estreia da equipe no Campeonato Brasileiro Feminino.

Após a partida contra o Juventude, em Bento Gonçalves, atletas de nossa equipe registraram um boletim de ocorrência e prestaram queixa em uma delegacia da cidade contra um dos árbitros auxiliares do jogo. Antes do início da partida, através do rádio comunicador, entre seus pares de profissão, o profissional proferiu palavras e piadas de cunho sexual, se referindo às nossas atletas, em um comportamento absolutamente inaceitável e que configura grave ofensa.

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O Clube confia que as autoridades competentes atuarão com rigor na apuração dos fatos e na aplicação das sanções ao agressor. Na próxima segunda-feira (24), enviaremos um ofício à CBF, relatando o ocorrido e colocando-se à disposição para colaborar com as investigações e com a implementação de medidas que previnam a reincidência de casos como este.

O América Futebol Clube reafirma seu compromisso com a promoção de um ambiente esportivo respeitoso e livre de qualquer forma de violência ou discriminação".

Bandeira do América-MG
Bandeira do América-MG (Foto: Gilson Lobo/AGIF)

O que diz a súmula da partida?

A denúncia das jogadoras do América-MG foi registrada pela arbitragem na súmula da partida. A árbitra Jenifer Alves de Freitas declarou que a equipe polícial presente no confronto se direcionou a ela para alerta sobre a intenção das atletas em registrar um Boletim de Ocorrência. Todos os árbitros se direcionaram para a delegacia para prestar depoimento.

- Após o término da partida, a equipe de arbitragem foi abordada pelos policiais que faziam a segurança do jogo, e os mesmos relataram que uma atleta da equipe do américa saf, queria registrar um boletim de ocorrência, contra um dos membros da equipe. a equipe de arbitragem acompanhou os policiais até a delegacia de policia da cidade do jogo (Bento Gonçalves) para prestar esclarecimentos. Foi feito um registro policial. Foi solicitado via delegacia o relato da ocorrência da outra parte interessada e o escrivão de plantão informou que o mesmo não pode ser fornecido no presente momento - diz a súmula.

Pronunciamento da CBF

Após tomar ciência dos fatos a CBF emitiu um comunicado oficial e informou que afastou o árbitro Claiton Timm, principal suspeito pelo ato. Ele ficará afastado até final da apuração da denúncia. Em caso de comprovado o assédio, a Federação irá bani-lo.

"A Comissão de Arbitragem da CBF informa o afastamento do assistente de arbitragem Claiton Timm, da Federação Gaúcha de Futebol, até o final da apuração da denúncia de assédio feita por atletas do América-MG na partida contra o Juventude, pela primeira rodada do Brasileirão Feminino A1. Caso seja considerado culpado, o assistente será banido da arbitragem. A CBF irá solicitar também ao STJD e às autoridades policiais uma investigação rigorosa do caso. A CBF reafirma seu compromisso no combate ao assédio e também contra todo tipo de preconceito no futebol."

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