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De mãe para filhos: Elas também ensinam a torcer e a amar futebol

Elas também torcem, também vibram e também passam todo o amor que sentem pelos seus clubes para os filhos e eles também aprendem com elas

Heloisa Calixto
imagem cameraArquivo Pessoal/ Larissa Calixto
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 11/05/2017
19:05
Atualizado em 27/11/2020
01:07

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É comum que os torcedores tenham escolhido pelo time do pai, no entanto, nem todos seguem esse caminho. Às vezes, o time escolhido, pode ser o da mãe. Os motivos que nos fazem escolher um time vão além de qualquer entendimento, afinal, o futebol é muito mais do que um esporte.

O Lance! conversou com duas mães e duas filhas. Uma dupla torce para times arquirrivais e a outra torce para o mesmo time. As histórias dessa relação são a prova de que é possível viver em harmonia, mesmo sendo rivais.

— A história conta que o Fla é o filho e Flu o pai, mas eu digo: o Flu é a mãe Patrícia e o Fla a filha Bárbara — brincou Patrícia, tricolor

— (...) Meu pai achava que eu seria a primeira jornalista de futebol mulher (risos), por conta do meu grande interesse por futebol e conhecimento que detinha do tema, bem pequena. E hoje, minha filha está seguindo o destino que meu pai sonhou para mim. Acho que o destino nos uniu definitivamente pelo futebol. — emendou Patrícia, mãe de Bárbara.

Se o assunto é dia marcante, a filha lembra, com carinho, do fim do Brasileirão de 2009:

— A conquista do Hexacampeonato do Flamengo, em 2009. Pois eu estava ali chorando e comemorando por ter sido campeã e ela por ter se livrado do rebaixamento. A gente se abraçou e chorou juntas. — comentou Bárbara.

Já a palmeirense Larissa, ao contrário de Patrícia, tem em sua filha algo além da ligação materna: a ligação futebolística.

— Lembro de ter dito uma vez que eu a deserdaria e que não teria herança, acho que ela levou a sério (risos) — contou Larissa, ao falar da possibilidade da filha Heloisa amar outro time que não o Palmeiras.

Heloisa, a filha adolescente apaixonada pelo alviverde, ganhou sua primeira camisa quando já tinha por volta de 7 ou 8 anos:

— Quando ela era bebê morávamos no interior da Bahia e lá não existia variedade de produtos com essa temática. Vim em Salvador uma vez e comprei uma camisa modelo feminino tamanho PP pra ela, ainda assim ficou grande, mas ela adorou! — conta a mãe orgulhosa.

Larissa e Heloisa moram em Salvador, mas nasceram no interior da Bahia. As duas nutrem a paixão pelo Palmeiras mesmo de longe. No entanto, Heloisa ainda não teve a oportunidade de ver o Palmeiras no estádio:

— Pretendo levar esse ano, ela sempre teve vontade. — comentou Larissa — Ultimamente não tivemos tantos jogos do Palmeiras aqui em Salvador porque os times locais e o meu tiveram problemas de rebaixamento e não estávamos nos encontrando muito (risos) — brincou a palmeirense, que também vê a segurança como um fator preocupante — Às vezes acontecem brigas entre as organizadas, aí fico com um certo receio. — desabafou a mãe, que aproveita para contar das vezes que levou a filha ao estádio — Ela já foi comigo algumas vezes em estádios, para jogos beneficentes e nas Olimpíadas de 2016. Vimos Nigéria x Dinamarca e Alemanha x China (de futebol feminino) na Arena Fonte Nova.

Nas arquibancadas do Brasil e do mundo mulheres torcem acompanhadas de suas crianças. Nas casas, em frente a TV, mães falam com seus filhos sobre o amor ao futebol. Elas também ensinam a torcer e a amar futebol.

Confira a homenagem de alguns torcedores que se espelharam nas mães para escolher o time!

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