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Presidente da CPI da Manipulação de Resultados detalha ao L! próximos desafios para desvendar fraudes envolvendo apostas esportivas

Deputado Júlio Arcoverde (PP-PI) conta que comissão pretende ouvir representantes de diversos setores

Operação Penalidade Máxima II
imagem cameraOperação Penalidade Máxima foi iniciada pelo MP-GO (Foto: Reprodução/MPGO)
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Lance!
Brasília (DF)
Dia 19/05/2023
08:47

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As definições marcaram o início da CPI da Manipulação de Resultados. Após a instalação da comissão, o movimento entre os parlamentares é de otimismo com a rota projetada para a investigação do esquema fraudulento esteja em um caminho certo.

Presidente da CPI, o deputado Júlio Arcoverde (PP-PI) apontou quais são as primeiras perspectivas em torno dos requerimentos apresentados até o momento.

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- A gente fez uma reunião interna. Fecharemos os detalhes até sábado e confirmaremos tudo o que será apresentado na reunião na CPI na próxima terça-feira (23), às 14h30 - disse ao LANCE!.

O parlamentar destacou que a CPI pretende dar ouvido a todos.

- Vamos dar espaço não só para o que está acontecendo na investigação do MP-GO, mas também para ouvir representantes de entidades de futebol e das casas de apostas - afirmou.

Arcoverde detalhou as perspectivas entre os integrantes da comissão.

- Todos nós, membros desta comissão, estamos muito animados. Temos esta questão que vamos avaliar do MP-GO e acreditamos que não vamos só punir os responsáveis, mas também passaremos a acreditar em priorizar o combate ao crime. Também temos de cuidar de regulamentação das casas de apostas - disse o deputado.

Em seguida, o parlamentar foi taxativo.

- O Governo Federal falou há algum tempo em relação a regulamentar os jogos e isto tem de ser colocado em pauta para que evitemos manipulações como estas.

 Ao L!, os representantes do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável e da Associação Nacional de Jogos e Loterias manifestaram-se favoráveis à regulamentação para o setor e repudiaram a manipulação de resultados (clique aqui e veja os detalhes).

A reunião de alinhamento teve a presença do relator Felipe Carreras (PSB-CE), além de integrantes de suas respectivas equipes e de dois consultores.

André Figueiredo (PDT-CE), Daniel Agrobom (PL-GO) e Ricardo Silva (PSD-SP) foram designados vice-presidentes. A previsão é de que os depoimentos durem 120 dias. Ao final, será elaborado relatório com as conclusões da CPI ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União, com objetivo de que promovam a responsabilidade civil e criminal dos infratores ou haja adoção de outras medidas legais.

ENTENDA O CASO

A investigação sobre suspeita de manipulação de resultados teve início em novembro do ano passado. O mandatário do Vila Nova, Jorge Hugo Bravo, descobriu que jogadores do clube vinham sendo aliciados por um grupo de apostadores antes da partida contra o Sport pela Série B. O dirigente juntou provas da tentativa de manipulação e procurou os promotores que combatem o crime organizado no estado.

Oficial da Polícia Militar, Hugo Jorge Bravo descobriu que o atleta Marcos Vinícius Alves Barreira, apelidado de Romário, tinha sido aliciado. Como o jogador não foi escalado, tentou induzir algum companheiro de time a levar um cartão vermelho ou cometer um pênalti no seu lugar. O valor combinado, segundo depoimento de Romário, era de R$ 150 mil, com uma "entrada" de R$ 10 mil, conforme vídeo de seu depoimento divulgado no programa dominical "Fantástico", da Rede Globo. Entre os vídeos, há ameaças de um integrante do esquema ao zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos.

A investigação apontou que houve manipulações em jogos das Séries A e B do Brasileirão de 2022 e em partidas de Estaduais. O grupo pagava para que jogadores fizessem determinadas ações, como receber cartões amarelo e vermelho ou cometer pênaltis. Em paralelo, os integrantes apostavam em sites do ramo que esses lances ocorreriam durante os jogos e conseguiam lucros.

Há estimativas de que o grupo “investiu” R$ 8430,00 e somou ganhos de R$ 730.616,00. O MP-GO continuará a apurar o caso e não descarta que ocorreram manipulações de resultados em outros jogos de futebol. A Operação Penalidade Máxima está em sua segunda fase.

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