‘Sonho em voltar a vestir as grandes camisas’, diz goleiro Sidão, de 39 anos
Em entrevista ao L!, goleiro relembrou de passagens por gigantes brasileiros e projetou próximos anos da carreira
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Aos 39 anos, o goleiro Sidão ainda se sente jovem e nem pensa em se aposentar do futebol. Em entrevista ao LANCE!, ele relembrou as passagens por Botafogo, São Paulo e Vasco e confessou que sonha em voltar a vestir uma camisa pesada do futebol brasileiro.
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A carreira de Sidão pode ser dividida em três momentos: um início de anos rodando por clubes menores do futebol brasileiro, a passagem por gigantes e o retorno a times de menor expressão do Brasil.
- O que eu tenho vivido ultimamente é muito parecido com o que vivi no começo da carreira: clubes menores, estruturas menores, mas com muito brilho nos olhos, da minha parte e dos outros atletas que tenho encontrado. E eu poder ter vestido a camisa de grandes clubes, jogado em grandes estádios e competições, enfrentado grandes adversários e atuado com grandes nomes é algo que me deixa muito feliz, eu sonho em voltar a vestir as grandes camisas - revelou, em conversa com o L!.
Entre 2017 e 2019, o goleiro passou por São Paulo, Botafogo e Vasco. Pelo último, viveu um momento triste em polêmica entrega de prêmio de melhor em campo da TV Globo e, desde então, passou a figurar em times menores.
Sidão trata com carinho os três clubes gigantes por onde atuou, cada um por um motivo diferente.
- Botafogo foi uma sequência de projeção, depois do Audax, foi o clube que me firmou. O São Paulo foi o clube que mais vesti a camisa, mais de 70 jogos, capitão muitas vezes. O Vasco foi onde aconteceram coisas que me marcaram muito, tenho um carinho imenso pela torcida e a forma como me acolheram - disse.
O goleiro continua acompanhando a situação desses três clubes, pelo carinho guardado e pelos ex-companheiros que ainda jogam por lá. Ele torce por um fim de Brasileirão bom de Botafogo e São Paulo e celebrou o acesso à Série A conquistado pelo Vasco.
- Feliz pelo Vasco, que retornou ao lugar de onde nunca deveria ter saído e onde merece estar, é um clube gigante com uma torcida gigantesca - comemorou.
Mas foi no São Paulo que Sidão acredita ter vivido o momento mais importante da carreira. O início no tricolor paulista foi um momento inesquecível para o atleta.
- Na minha estreia, pela Florida Cup, defendi dois pênaltis contra o River Plate na semifinal e mais dois na final contra o Corinthians. Esse momento foi marcante demais - relembrou.
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A responsabilidade carregada por Sidão no Botafogo e no São Paulo não foi pequena. No alvinegro carioca, ele substituiu o ídolo Jefferson, que estava machucado, e no tricolor paulista Rogério Ceni, que recentemente havia se aposentado.
- Onde eu ia, eu tinha que falar dos caras. Mas é um privilégio, é para poucos substituir esses grandes nomes, com grandes histórias no clube, ídolos do torcedor. É uma grande responsabilidade, mas também um privilégio. Eu me sinto muito honrado por isso - afirmou.
Sidão chegou ao Botafogo em 2016 e foi para o São Paulo no ano seguinte. Depois de duas temporadas no tricolor, passou a vestir a camisa do Goiás e de lá foi emprestado para Vasco e Figueirense.
O goleiro chegou ao "Figueira" em 2020, ano do início na pandemia. Ele optou por se estabelecer em Santa Catarina durante o período e vive por lá desde então. No início deste ano, foi para o Concórdia e na metade da temporada trocou a equipe pelo Atlético Catarinense.
Na temporada anterior, o time da Série B do Campeonato Catarinense, fundado em 2020, quase caiu para a terceira divisão estadual. Neste ano, com a chegada de Sidão, a equipe conseguiu o acesso á elite do futebol catarinense.
O goleiro revelou que o presidente do clube está em negociações para conseguir um apoiador financeiro importante. Sidão mantém conversas com o time, mas também pensa em tentar voos mais altos em 2023.
- A gente (ele e empresário) está conversando com clubes da primeira divisão de Minas e tentando algo no Paulistão, que é uma grande vitrine para voltar ao cenário (da elite do futebol brasileiro) - contou.
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Em clubes como o Atlético Catarinense, Sidão passou a ser referência para os outros atletas e é procurado para contar histórias vividas por Botafogo, São Paulo e Vasco.
- As resenhas são sempre voltadas para isso, eles têm curiosidade de saber como foi. Eu passo as melhores experiências possíveis, os caminhos que devem tomar, os preços necessários a se pagar para chegar em um grande clube - disse.
Sidão não esconde o sonho de voltar à elite do futebol brasileiro. Os 39 anos são vistos por ele como um trunfo e não um empecilho.
- Ainda me sinto muito bem, em condições de jogar em alto nível, pelo que tenho trabalhado e o que fiz nessa última competição, acredito que há condições de jogar em grande nível. A questão da idade me ajuda muito, pela experiência - falou.
*Sob supervisão de Leonardo Damico
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