menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!
logo lance!

Acesse sua conta para ter acesso a conteúdos exclusivos e personalizados!

Nos passos de Tua! Mac Jones lidera Alabama e sonha com escolha alta no Draft

Quarterback de Crimson Tide tem estatísticas incríveis na temporada, mas ainda pode evoluir muito

mac jones alabama football
imagem cameraMac Jones terá que escolher entre NFL e College Football ao terminar a temporada 2020 (Alabama Football)
Avatar
Lance!
Tuscaloosa (EUA)
Dia 20/11/2020
17:42
Atualizado em 20/11/2020
18:10

  • Matéria
  • Mais Notícias

Mais uma semana de College Football com transmissão ao Brasil, mais um – possível – grande prospecto na posição de quarterback tendo sua história contada e sendo avaliado nas páginas do Lance! Desta feita, o alvo da matéria é Mac Jones, quarterback de Alabama, que encara a boa defesa de Kentucky, neste sábado (21), às 18h, em partida com exibição no ESPN Play para o mercado brasileiro.

Mac Jones entrou na temporada 2020 sem tanto hype por parte da crítica americana. Visto como um quarterback abaixo de Tua Tagovailoa, ex-dono da posição no programa, a titularidade de Jones foi, inclusive, colocada em xeque por parte da mídia norte-americana, que apontava que Bryce Young, freshman e cotado como atleta top-5 no high school em 2019 pelos sites especializados, poderia terminar 2020 como titular dos Crimson Tide.

Em campo, porém, o que se viu foi um Mac Jones extremamente confiante, acertando seus recebedores, lendo o campo com frieza e precisão, e guiando Bama às vitórias. As estatísticas do quarterback refletem isso, com alguns números melhores que Tua Tagovailoa, inclusive. Até o momento, são 2196 jardas aéreas, 16 touchdowns e somente duas interceptações na temporada.

- Ele conseguiu manter o ataque de Alabama em alto nível mesmo com relativamente pouca experiência - vale lembrar que ele ainda é redshirt junior e teve apenas dez partidas como titular na carreira universitária até agora. É um sinal que ele evoluiu de forma rápida como jogador e talvez tenha um teto maior do que se esperava. Por outro lado, acredito que os olheiros vão interpretar esses números do Mac Jones com cautela - afinal, ele está jogando numa equipe que tem wide receivers e offensive linemen capazes de vencer confrontos contra qualquer adversário no College Football, e com relativa facilidade. A grande pergunta que fica (a mesma que foi feita sobre o Tua, aliás) é se Jones pode repetir números tão bons em cenários mais adversos, em que sua equipe estiver em desvantagem – opina João Vitor Coelho, editor do excelente site especializado em futebol americano universitário collegefootball.com.br.

A jornada de Jones como titular em Tuscaloosa começou com a terrível lesão no quadril de Tua Tagovailoa, frente a Mississippi State, no meio da temporada passada. Mac assumiu o posto, vencendo três partidas e perdendo o clássico contra Auburn. Em 2020, são seis partidas e seis vitórias.

Draft ou College?

Conforme citado por Coelho, Mac Jones é um redshirt junior. Ou seja, tem ainda mais um ano de elegibilidade no College Football, assim como também as regras já o permitem optar pelo Draft da NFL – o jogador tem que ficar três anos fora do High School para ser elegível para a seleção profissional. Ainda não há nenhuma indicação de qual caminho o quarterback vai optar. Para o editor do site College Football, a melhor opção seria comandar o ataque de Bama em 2021.

- Acredito que ele ainda não está pronto para dar um salto adiante e declarar-se para o Draft de 2021. Embora ele seja um quarterback bem acima de média e tenha alguns traços positivos que são esperados de titulares na NFL, ele ainda precisa trabalhar bem seus pontos fracos se quiser garantir uma escolha alta ano que vem e ter uma carreira sólida na liga. Vale lembrar que a classe de QBs que vem aí é a mais competitiva dos últimos anos e tendo que dividir atenção junto a prospectos com espaço amostral bem maior no College - como Trevor Lawrence, Justin Fields, Zach Wilson e Trey Lance - ele tende a ficar para trás. Se Jones ganhar experiência e esperar mais um ano para se declarar, ele pode vir como um dos principais nomes da posição para 2022 – avalia João Vitor Coelho.

Caso opte pelo profissionalismo, Mac Jones brigaria, hoje, para ser o quinto quarterback selecionado na classe de 2021, com Kyle Trask, de Florida Gators. É possível imaginar um cenário que o jogador seja escolhido na metade do primeiro round, sobretudo se tiver uma corrida por QBs no topo do Draft – fato que deve ocorrer. Também é normal imaginar que Jones pode cair até a metade do segundo round.

A principal questão quanto ao passador dos Crimson Tide é a força de seu braço. O jogador não é elite neste aspecto, e a NFL, com janelas bem menores que no College Football, cobra que os quarterbacks tenham força no braço. Para João Vitor Coelho, Jones compensa essa deficiência com outras características.

- Eu classificaria a força do braço de Mac Jones como mediana. Ele é até capaz de tentar passes longos com sucesso, mas percebe-se um tremendo esforço por parte dele para alcançar seus recebedores nestas rotas. No entanto, ele compensa facilmente a falta de um braço forte com um bom ball placement, além de visão de campo e leitura da defesa excelentes, não deixando-se abalar pelo pass rush adversário e fixando-se naquele recebedor que ele acreditar ter o matchup mais favorável. É um quarterback bem inteligente, e sua tomada de decisão acima da média tem feito ele ser um dos mais precisos do College nesta temporada – afirma o editor do College Football, que também avalia onde o quarterback pode evoluir.

- Além da força questionável de seu braço, outros pontos fracos que tenho notado de Jones são sua falta de mobilidade - ele é o protótipo de pocket passer, não consegue resolver as jogadas com as pernas quando preciso, ao contrário de Tua - e atleticismo bem abaixo do que se espera de um titular da posição, especialmente para a NFL.

Apesar do atleticismo questionável, de acordo com Coelho, Mac Jones tem o esporte em seu DNA. Seu pai, Gordon Jones, foi atleta profissional de tênis. Sua mãe também praticou o esporte, porém na universidade, atuando com certo destaque por Mercer College. Outra pessoa na família adepta da modalidade esportiva é sua irmã, Sarah, que também jogou tênis na universidade. Will, irmão mais velho de Mac, por outro lado, jogou futebol (sim, o soccer dos brasileiros) no circuito universitário.

Mais lidas

Newsletter do Lance!

Fique por dentro dos esportes e do seu time do coração com apenas 1 minuto de leitura!

O melhor do esporte na sua manhã!
  • Matéria
  • Mais Notícias