Jogadores da NFL se posicionam após protestos violentos e invasão ao Capitólio nos Estados Unidos
Atletas do futebol americano têm tomado partido em assuntos políticos nesta temporada
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Nesta temporada, mais do que nunca, os jogadores da NFL estão ativos nas demandas por igualdade racial e justice social nos Estados Unidos. Após o protesto de apoiadores do presidente Donald Trump invadindo Capitólio, em Washington (DC), muitos jogadores foram às redes sociais para se manifestar sobre o ocorrido.
A comparação com a atuação das forças de segurança em protestos de movimentos negros foi inevitável, além do lamento pela situação dos Estados Unidos, tendo sua democracia atacada após um lado não aceitar a derrota em uma eleição.
O quarterback Russell Wilson foi uma das vozes mais proeminentes a falarem sobre o incidente na capital americana. O jogador falou da necessidade de união dentro do país.
- O que temos que fazer é nos unir enquanto nação. Tem que começar com amor. Tem que começar com as pessoas se unindo. Nossos líderes e todos nós no país. Nós precisamos de segurança, nós precisamos de proteção para nossas crianças e nosso povo – pontuou o camisa 3 do Seattle Seahawks.
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Never thought Americans would let terrorists into the capital without a fight....sad day
— Richard Sherman (@RSherman_25) January 6, 2021
Outros atletas tiveram discursos mais incisivos. O cornerback Richard Sherman chamou os vândalos que invadiram o Capitólio de ‘terroristas’, e criticou a falta de ação das forças de segurança.
- Nunca imaginei que americanos iriam deixar terroristas invadirem o Capitólio sem nenhuma luta. Triste dia – tuitou o astro do San Francisco 49ers.
Justin Simmons, do Denver Broncos, lembrou das críticas ao protesto pacífico de Colin Kaepernick, ao ajoelhar durante o hino dos Estados Unidos para se posicionar contra a desigualdade social e racismo institucional.
- Eu acho que invadir o Capitólio e destruir propriedade governamental porque alguém não foi eleito a presidência é mais aceitável que ajoelhar contra as injustiças em nosso país – se posicionou o safety.
I guess breaking in the capital and destroying government property because someone didn’t get elected in office is more acceptable than taking a knee for injustices in our country.
— Justin Simmons (@jsimms1119) January 6, 2021
O wide receiver novato Justin Jefferson, que quebrou o recorde de jardas recebidas por um novato na história da era moderna da NFL, também fez questão de fazer sua voz ser ouvida. Ele lamentou o fato de algumas pessoas não aprovarem que atletas tomem partido em questões políticas e sociais.
- Parem de dizer ‘se limitem ao futebol americano’ como se isso fosse nosso único propósito no mundo. Nós, jogadores, temos direito de nos manifestar no que quisermos, não importe a situação.
Stop saying stick to football like that’s our only purpose on this earth. We (football players) have every right to speak on whatever we feel no matter the situation.
— JJETS✈️ (@JJettas2) January 6, 2021
O quarterback do Philadelphia Eagles Jalen Hurts postou uma foto - que ilustra essa matéria - em seu Twitter com o punho cerrado e erguido aos céus. Movimento associado ao movimento Black Panther nos Estados Unidos.
As tensões nos Estados Unidos seguem numa escalada crescente. Quatro pessoas morreram na quarta-feira (6), sendo uma mulher após ser alvejada por tiros após a invasão no Capitólio. O fato ocorre pois algumas pessoas, motivadas pelo discurso do presidente Donald Trump, acreditam que ocorreram fraude na eleição presidencial nos Estados Unidos, que levou o democrata Joe Biden a ser eleito ao cargo máximo do país. O protesto em Washington foi incentivado pelo próprio Trump, com postagens em sua rede social.
O momento em que apoiadores de Donald Trump invadem o Capitólio: pic.twitter.com/WqtF2qFete
— Eleições EUA (@EleicoesEUA) January 6, 2021
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