Raio-X do New York Jets: nova comissão técnica promete dias melhores na Big Apple

O Lance! segue, nesta segunda-feira (1º), a série com os 32 times da NFL, falando sobre como cada equipe entra na offseason da temporada 2021. As principais necessidades, a situação no teto salarial e os melhores jogadores que têm seus vínculos encerrados são temas abordados neste texto. Hoje, continuamos a análise da AFC East, (veja abaixo matérias com equipes da própria AFC East, além da AFC South, NFC West e NFC North). O foco do dia é o New York Jets, que busca a reconstrução com Robert Saleh como treinador, após anos decepcionantes sendo comandado por Adam Gase.

> NFC West: Arizona Cardinals, Los Angeles Rams, San Francisco 49ers e Seattle Seahawks.
> NFC North: Chicago Bears, Detroit Lions, Green Bay Packers e Minnesota Vikings.
> AFC South: Houston Texans, Indianapolis Colts, Jacksonville Jaguars e Tennessee Titans.
AFC East: New England Patriots.

Última Temporada
​Em determinado momento da temporada, o New York Jets seguia firme no propósito de perder todos os jogos em 2020. Parecia favas contadas que a equipe seria a escolha número 1 do Draft, com montagens do quarterback Trevor Lawrence com a camisa dos Jets proliferando pela internet.

Adam Gase e companhia encontraram forças para vencer duas partidas já na reta final da temporada, superando Cleveland Browns e Los Angeles Rams, dois times que chegaram aos playoffs no ano passado. 

O desempenho pífio causou a queda na comissão técnica dos Jets, com a franquia apostando no enérgico Robert Saleh, de sucesso no San Francisco 49ers, para ser o novo head coach. Saleh deve focar em transformar a defesa nova-iorquina e, é provável, que o time também aposte em um novo quarterback no Draft, com Sam Darnold dando adeus ao posto de titular.

Situação do teto salarial
Para 2021, a expectativa é que o CAP (teto salarial da liga) seja menor que o ano passado. Isso acontece devido à pandemia de coronavírus, que atrapalhou a arrecadação da liga no ano anterior, principalmente em termos de bilheteria. O valor para acomodar todos os contratos do ano é estimado em pouco mais de 185 milhões de dólares pelo site Spotrac, especializado em finanças dos esportes americanos.

​Com um dos piores elencos de toda a NFL, o New York Jets tem espaço de sobra em seu teto salarial para 2021. A franquia tem mais de 73.3 milhões de dólares de alívio no CAP, podendo trazer nomes que se encaixem no que Robert Saleh pretenda fazer no time do leste dos Estados Unidos.

O time ainda pode abrir mais de 25 milhões de dólares no CAP, em caso de dispensas do wide receiver Jamison Crowder, do tackle George Fant e do defensive end Henry Anderson, além da troca de Sam Darnold, o que é bem provável de acontecer.

Principais Free Agents
​O New York Jets tem dois nomes de impacto sem contrato para a temporada 2021, ambos na secundária. O safety Marcus Maye e o cornerback Brian Poole foram dos poucos que se salvaram em 2020, na temporada terrível da franquia nova-iorquina. Renovar com os dois nomes pode ser o alicerce necessário para a construção da nova defesa do time.

Recentemente, inclusive, a imprensa norte-americana noticiou que Maye deve receber a franchise tag por parte dos Jets. A medida é interessante, pois aproveita o amplo espaço à disposição no CAP e mantém um dos melhores talentos do time ao menos mais uma temporada.

Principais Necessidades
Um time que só teve duas vitórias precisa de talentos em todas as posições, obviamente. Talvez seja mais gritante, contudo, a necessidade por um novo quarterback, com Sam Darnold já desgastado. Zach Wilson e Justin Fields brigam para ver quem será o escolhido como quarterback número 2 no próximo Draft.

Para dar armas ao próximo quarterback, é necessário investir em wide receivers para esse time. Ano passado, os Jets draftaram Denzel Mims, mas ainda precisa de mais talento no grupo. Para felicidade dos nova-iorquinos, a free agency e o Draft estão repletos de talento nesta posição.

Faz sentido imaginar também que Robert Saleh vai investir pesado na defesa, trazendo nomes, sobretudo, para a linha defensiva e secundária - setores que foram importantes com ele quando foi coordenador defensivo no San Francisco 49ers. Alguns imaginam que o falastrão Richard Sherman e o defensive end Ronald Blair vão seguir o seu antigo comandante rumo ao leste dos Estados Unidos.