ANÁLISE: Suíça consolida bom momento no futebol e começa a alertar gigantes da Eurocopa
Seleção superou a Itália com autoridade nas oitavas de final, alcançando a fase de quartas pela segunda edição seguida
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Em mais uma prova de evolução e bom trabalho feito nos últimos anos, a Suíça está de volta às quartas de final da Eurocopa. Enfrentando a Itália nas oitavas, a equipe não tomou conhecimento dos atuais campeões e, em grande atuação coletiva, venceu por 2 a 0.
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O resultado pode ser considerado como zebra. Casas de apostas pagavam menos à classificação da Azzurra. Os suíços não venciam um confronto direto há mais de três décadas. A história e a tradição dentro da competição também jogavam contra. Mas engana-se quem pensa que o triunfo é exceção.
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Há alguns anos. a seleção vermelha vem se consolidando como um time perigoso no continente europeu e até mesmo em ambito mundial. Da geração anterior, que contava com nomes como Diego Benaglio, Gelson Fernandes, Inler, Behrami e Derdiyok, há boas memórias, como ter vencido a Espanha na abertura da Copa do Mundo de 2010 - a Fúria viria a se tornar campeã no fim - e ficar a dois minutos de levar a Argentina aos pênaltis quatro anos depois.
Após a renovação, um Shaqiri mais experiente viu a chegada de nomes como Embolo, Xhaka, Sommer e Ricardo Rodríguez. Líderes técnicos e de espírito, que levaram a Suíça a segurar o Brasil em 2018, alcançar as oitavas da Eurocopa pela primeira vez em 2016, quebrar o próprio recorde ao tirar a França de um já poderosíssimo Mbappé e chegar às quartas em 2021, e que agora iguala a marca.
A vitória sobre a Itália não foi pura sorte ou coincidência. De más escolhas feitas por Luciano Spalletti abriu-se o caminho para uma nova história ser contada. História que passa pelos gols de Freuler e Vargas, mas também pelo trabalho feito por Murat Yakin.
A Suíça controlou o jogo do começo ao fim, sem dar sopa para o azar. Uma aula de jogo coletivo, nó tático, posse de bola, criação no último terço e conversão das oportunidades. A Itália não assustou nenhum momento. É bom frisar essa frase de um novo modo: a atual campeã do continente não chegou perto de fazer gol. Atuação que vai ser lembrada por muito tempo pelos torcedores que estavam presentes em Berlim.
Ao mesmo tempo, é uma atuação que precisa também despertar um sinal amarelo em quem está do lado direito da chave. Yakin e seus comandados agora aguardam o vencedor de Inglaterra x Eslováquia. O favoritismo no confronto é dos Três Leões; apesar disso, até aqui, não convenceram e fizeram atuações altamente questionáveis. Semelhante à Itália. Eliminada pela Suíça. Ou seja: até mesmo o duelo mais difícil entre os dois possíveis das quartas é totalmente acessível à Nati. Vale e muito acreditar no conto de fadas.
Os supracitados são exemplos de feitos que não são para qualquer seleção. 14 anos de capítulos que cada vez mais mostram que a Squadra Nazionale não pode ser considerada um adversário qualquer. Se estiver no seu caminho, é bom abrir o olho.
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