Dos favoritos, qual time chega mais preparado para a Premier League?
Depois de uma temporada avassaladora do Manchester City, os grandes clubes pretendem bater de igual para igual na tentativa de tirar o troféu das mãos dos Citizens
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It's happening! A Premier League finalmente está de volta. Manchester United e Leicester vão se enfrentar pela abertura da primeira rodada em Old Trafford, às 16h, para dar o pontapé inicial da liga mais valiosa do futebol mundial.
Esta edição será marcada por uma grande disputa. Na última temporada, o Manchester City nadou de braçada e foi campeão com cinco rodadas de antecedência, com 19 pontos de diferença para o arquirrival Manchester United, que terminou na segunda colocação.
A janela de transferências que se encerrou ontem foi movimentada para a maioria dos clubes, mas curiosamente, apenas dois clubes dos Big-Six (6 principais times do campeonato) estão entre os 5 que mais gastaram.
O Liverpool lidera o ranking com R$793 milhões gastos, seguido do Chelsea com R$596 milhões. Aí que aparecem as surpresas. Na terceira posição entra o Leicester, que gastou R$614 milhões, na quarta colocação vem o West Ham com R$432 milhões e em quinto aparece o Everton, com R$396 milhões. O Manchester United surge apenas na sétima colocação, seguido do Arsenal e do atual campeão Manchester City, que contratou apenas Riyad Mahrez.
MANTIVERAM A BASE
Pep Guardiola e Maurício Pochettino optaram por continuar com o mesmo elenco para esta temporada. Manchester City e Tottenham foram os dois times que mais encantaram o futebol europeu no último ano e ambos não tiveram perdas significativas nesta janela.
Em questão de reforços, o Tottenham foi o único clube da Premier League que não fez nenhuma contratação nesta janela de transferências. Por outro lado, também não perdeu nenhum de seus craques. Harry Kane, principal jogador, se valorizou na Copa do Mundo mas continua vestindo a camisa dos Spurs.
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Em busca de finalmente ser campeão após boas campanhas nos últimos anos, o Tottenham vai contar com a novidade de jogar no seu novo estádio nesta temporada e isso pode ser um fator que faça os comandados de Pochettino cheguem longe na Premier League.
Pelo lado do City, a chegada de Riyad Mahrez acrescenta mais qualidade ao meio de campo mais do que criativo comandado por Pep Guardiola. De um lado com Leroy Sané, com o argelino no outro e com De Bruyne no meio, o City tem tudo para continuar ditando o ritmo do campeonato.
GASTOU COM CONSCIÊNCIA
Jurgën Klopp decidiu que o Liverpool não permaneceria na inércia e não faria pouco caso de gastar cifras extraordinárias com reforços. E foi basicamente isso que aconteceu, foram grandes jogadores que chegaram para posições que os Reds tinham deficiência na última temporada.
Alisson foi contratado para a meta do time de Anfield, Fabinho e Keitá chegaram para comandar o meio-de-campo e dar a qualidade que faltava na saída de bola e Xherdan Shaqiri foi a adição de talento e versatilidade que o setor ofensivo necessitava.
Klopp tem nas mãos um dos melhores elencos da Premier League e tem tudo para repetir o bom desempenho técnico e tático da temporada passada, quando chegou à final da Liga dos Campeões. Dessa vez, o Liverpool está bem perto de finalmente levantar a taça da Premier League.
MERCADO SIMPLES E MOURINHO NA BRONCA
Mesmo após acabar a última edição da Premier League com o vice-campeonato, o desempenho do Manchester United foi muito criticado por torcedores e pela imprensa. Apesar de ter chegado na marca de 81 pontos conquistados, coisa que não acontecia desde o final da 'Era Ferguson', o United não convenceu e ficou a 19 pontos do campeão Manchester City.
Por conta disso, a expectativa era de que Mourinho fosse ao mercado com ímpeto de reforçar o time rumo ao título da Premier League e quem sabe chegar longe na Liga dos Campeões, mas não foi bem isso que aconteceu. Segundo o treinador, apenas 2 jogadores de sua lista de contratações (Fred e Diego Dalot) que foi entregue para à direção foram realmente contratados.
No último dia de mercado, o United fechou sua janela falhando em contratar um defensor, um desejo explícito de José Mourinho. Com isso, os Red Devils devem contar com mais uma temporada abaixo da expectativa de seus torcedores que se acostumaram com os tempos dourados sob o comando de Alex Ferguson.
A chance do United é que o setor ofensivo deslanche. Lukaku, que vem de ótima Copa do Mundo, tem tudo para comandar o ataque dos Red Devils e ser o homem do time. Rashford, Martial, Mata, Pogba, Fred e Lingard são as esperanças de criação do time, setor que foi muito criticado pela pouca inspiração nas últimas temporadas.
SOB NOVA DIREÇÃO
Após 22 temporadas com Arsène Wenger, será a primeira oportunidade de um novo treinador na casamata dos Gunners. Unai Emery tem a missão de, ao mesmo tempo, substituir o maior nome da história do clube e reviver os tempos de glórias, já que esta é a segunda temporada que a equipe de Londres fica de fora da Liga dos Campeões.
Como parte dessa total revolução, o elenco do Arsenal passou por muitas mudanças: das saídas de Jack Wilshere a Per Mertesacker, jogadores com certa história no clube mas que não viviam seu auge à contratação de novos atletas, entre experientes, como Sokratis e Stephan Lichteisner, aos que podem mostrar certo grau de evolução ao passar do tempo, como Lucas Torreira, Bernd Leno e Mattéo Guendounzi.
Com certa força ofensiva, o objetivo do Arsenal é retornar à principal competição do continente, seja por meio das quatro primeiras posições na Premier League ou pelo título da Liga Europa, competição em que os Gunners foram semifinalistas na última temporada. O 'projeto Unai Emery' começou e é promissor.
NOVO COMANDO ITALIANO
Temporada nova, treinador novo mas com o idioma antigo. Depois de uma Premier League muito abaixo das expectativas após o título de 2016/17, Antonio Conte deixou o clube pela porta dos fundos e os Blues trouxeram Maurizio Sarri, ex-Napoli, para o cargo.
Com ele, Jorginho, seu principal jogador na equipe italiana, desembarcou em Londres para dar uma qualidade a mais na saída de bola do time, junto com Mateo Kovacic, que chega por empréstimo junto ao Real Madrid, oriundo da negociação da saída de Thibaut Courtois. Sem o belga, o Chelsea contratou Kepa Arrizabalaga, que se tornou o goleiro mais caro da história do futebol.
Sarri tem o desafio de fazer a confiança do time voltar ao que era quando os Blues levantaram a taça há duas temporadas. Desde o início da era Abrahmovic, será o primeiro treinador que tem um estilo ofensivo e que gosta de ter a posse de bola. Então, quem acompanha o Chelsea terá uma grande revolução tática em questão de campo e bola, que pode fazer os Blues chegarem a um nível técnico nunca antes visto.
*Sob supervisão de Bernardo Cruz
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