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Fifa organiza o primeiro torneio após os recentes escândalos de corrupção

Mundial de Clubes tem início nesta quinta-feira. Entidade reconhece dificuldade para fechar com novos patrocinadores

Sede da Fifa, em Zurique (Foto: Fabrice Coffrini / AFP)
Sede da Fifa, em Zurique. Entidade atravessa o pior momento de sua história (Foto: Fabrice Coffrini / AFP)

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Em meio a uma crise sem precedentes, a Fifa organizará a primeira competição depois do grande esquema de corrupção da entidade vir a público. Nesta quinta-feira, às 8h45 (horário de Brasília), no Japão, Sanfrecce Hiroshima e Auckland City abrem o Mundial de Clubes. Certamente, a instituição estará mais preocupada com outras questões.

No fim de maio, sete dirigentes da Fifa, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram presos na Suíça, numa operação envolvendo o FBI e a justiça daquele país. Desde então, a entidade ocupou de vez as manchetes policiais. Na última semana, as autoridades "fisgaram" mais dois dirigentes. Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira também estão na mira e correm o mesmo risco por envolvimento em suborno e lavagem de dinheiro.


Uma das grandes preocupações da Fifa para o Mundial diz respeito aos patrocinadores. Diante da crise moral e política, várias marcas de peso da entidade máxima do futebol, como McDonnald's e Coca Cola, ameaçaram a abandonar o barco se o presidente Joseph Blatter não deixasse o comando da federação internacional. Para "sorte" da própria Fifa, o suíço acabou afastado do esporte por 90 dias pelo Comitê de Ética graças a um pagamento irregular ao mandatário da Uefa, Michel Platini, igualmente punido.

Em Tóquio para abrir o Mundial de Clubes, o diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil, reconheceu que os recentes escândalos deixaram as companhias mais ressabiadas para expor seus nomes na entidade.

- Seria equivocado dizer que não estamos encontrando dificuldades devido às circunstâncias que rodeiam a Fifa. Não é fácil vender marca. Estamos em negociações com diferentes empresas. Mas somos realistas. Sabemos que isso não mudará até que reformas sejam aplicadas pelo Congresso e que um novo presidente seja eleito no dia 26 de fevereiro.

A Alibaba E-Auto, fabricante de carros, foi a única parceria que a Fifa conseguiu fechar neste momento de turbulência. O marketing enxerga no mercado chinês a chance de garantir receitas.

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