Jornais estrangeiros repercutem cobrança da Fifa por dinheiro ‘desviado’, mas não citam brasileiros
Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero teriam que devolver grana
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Gianni Infantino assumiu a Fifa em fevereiro após os escândalos de corrupção que assolaram a entidade máxima do futebol mundial. Um dos principais objetivos do suíço no cargo de presidente seria a recuperação financeira e da credibilidade da organização. Na terça-feira, ele entregou documentos à Justiça dos Estados Unidos com o objetivo de receber indenização de cartolas envolvidos (da Conmebol e da Concacaf) nestes casos recentes.
Ao todo, a Fifa visa receber um valor parcial dos R$ 725 milhões recuperados pela Justiça estadunidense após o início das investigações. Entre eles estão ex-presidentes da CBF, como Ricardo Teixeira, Marco Polo Del Nero e José Maria Marin, que está em prisão domiciliar nos EUA. Diante do fato, jornais de todo o mundo repercutiram a notícia, mas não deram tanta importância aos figurões brazucas citados pela organização, mas optaram por dar o enfoque no montante e em cartolas de outros continentes.
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O "A Bola", de Portugal, cita outros envolvidos no caso, como os ex-dirigentes da Fifa, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, e Charles Blazer, dos Estados Unidos, que também foram citados nas queixas da Fifa, que sustenta que 'ambos venderam seus votos em diversas ocasiões.'
No "As", da Espanha, diz que a Fifa se sente 'vítima' dos ex-dirigentes corruptos por terem roubado 'dezenas de milhões de dólares'. O jornal cita que a entidade está reclamando cifras milionárias de 'ao menos três dígitos'.
Já o "L'Equipe" informa que a Fifa acusa a África do Sul de corrupção na obtenção da organização da Copa do Mundo de 2010. A entidade revelou que o país africano pagou US$ 10 milhões para Jack Warner, ex-vice-presidente da organização, para ter o direito de sediar o Mundial.
Na inglesa "BBC", a notícia também teve algum destaque, mesmo sem mencionar os brasileiros envolvidos. A emissora também aponta que funcionários da entidade eram culpados por vender votos nas eleições para sedes para Copa do Mundo.
Por outro lado, o "New York Times" fala sobre uma medida incomum em grandes corporações. Segundo o jornal, a Fifa está solicitando judicialmente a devolução de, pelo menos, parte do que foi 'roubado', ao contrário das grandes empresas, que raramente pedem ao governo para reembolsá-los por crimes de seus funcionários. No geral, eles pagam multas.
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