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OPINIÃO: Aumentar a Copa não acrescenta qualidade. Pelo contrário

Ao pensar na democratização, é sempre bom ver novas culturas no Mundial. Porém, tecnicamente, as equipes que entrariam no torneio seriam fracas e inexpressivas

Senegal (Foto: Mark Tantrum / AFP)
imagem cameraSenegal (Foto: Mark Tantrum / AFP)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 03/12/2015
12:27
Atualizado em 03/12/2015
12:49

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O Comitê Executivo da Fifa pré-aprovou nesta quinta-feira a ideia de aumentar a Copa do Mundo de 32 para 40 seleções. O objetivo é dar mais vagas para equipes que não são da Europa, como uma forma de "democratizar" mais o torneio, sem precisar, necessariamente, tirar os times do Velho Continente. Na teoria, pode soar bonito para alguns, ou como manobra política para outros. Mas na prática, fica o questionamento se a mudança seria válida. No Mundial de 2014, seleções inexpressivas como Uzbequistão, Jordânia, Panamá, Nova Zelândia estariam garantidas, e outras como Etiópia e Burkina Faso teriam chances reais. 

Atualmente, a Europa classifica 13 seleções para a Copa do Mundo, contra quatro e meio da Ásia (meio por causa da repescagem), cinco da África, três e meio das Américas do Norte e Central (Concacaf), quatro e meio da América do Sul, e meio da Oceania. Além da equipe que representa o país sede da competição.

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A Fifa não definiu ainda como as oito vagas seriam distribuídas. Mas a tendência é que a Oceania tenha uma seleção classificada definitivamente, sem precisar de repescagem. África e Ásia poderiam, cada, ganhar mais três. Enquanto Concacaf e América do Sul poderiam simplesmente deixar de ter o playoff decisivo, ficando com quatro e cinco, respectivamente.

No caso da Ásia, seguindo o modelo de Eliminatórias em 2014, Irã e Coreia do Sul se classificaram por um grupo de cinco seleções, enquanto Japão e Austrália (que disputa o torneio classificatório no continente vizinho), por outro. Os terceiros de cada chave poderiam ir automaticamente. Assim, Uzbequistão (que ocupa a posição 74 no ranking da Fifa) e Jordânia (87) estariam na Copa. Para definir a última vaga, os quartos colocados fariam alguma disputa. Qatar (86) e Omã (104) brigariam por um lugar no Mundial.

Na África, as seleções são definidas em cinco confrontos diretos. Para 2014, Costa do Marfim, Nigéria, Camarões, Gana e Argélia venceram de Senegal (44), Etiópia, Tunísia (40), Egito (57) e Burkina Faso (89), respectivamente. Essas últimas equipes brigariam de alguma forma por três vagas.

Na Oceania, a seleção que vence as Eliminatórias vai para a repescagem. Sem a Austrália lá, Nova Zelândia (151) se classificaria. Na Concacaf, a fase final é em pontos corridos. A quarta colocada vai para a repescagem, ela deixaria de existir, e até o quinto lugar poderia ir à Copa. Neste caso, Panamá (64) se daria bem.

Já a América do Sul, que tem um número relativo alto de vagas, sendo quatro e meia entre 10 concorrentes, apenas deixaria de ter a "meia" e passaria a ter cinco inteiros. Como o Uruguai derrotou a Jordânia na disputa intercontinental, nada mudaria na Conmebol para 2014.

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