Passado condena! Acusado de corrupção, camaronês assume a Fifa
Issa Hayatou esteve envolvido no escândalo da ISL, durante a década de 90. Ele declarou nesta quinta-feira que não pretende concorrer ao cargo nas eleições de fevereiro<br>
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A suspensão por 90 dias de Joseph Blatter coloca interinamente na presidência da Fifa Issa Hayatoy, vice mais antigo da diretoria da entidade. No entanto, o camaronês tem um passado um pouco nebuloso e também já esteve envolvido em escândalo de corrupção na organização.
No fim de 2010, Hayatou, o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira e o ex-mandatário da Conmebol Nicolas Leóz teriam recebido suborno da empresa de marketing esportivo ISL, segundo documento confidencial divulgado pela emissora britânica "BBC". O Comitê Olímpico Internacional (COI) sancionou o camaronês por seu envolvimento no negócio.
O camaronês reconheceu à época ter recebido cerca de 16 mil euros da ISL para, segundo ele, financiar as celebrações do 40º aniversário da Confederação Africana de Futebol (CAF), entidade na qual é presidente desde 1988. Ele também revelou à revista "Jeune Afrique" ter recebido um pagamento de US$ 1,8 milhão do Qatar para 'expor o projeto de candidatura do país para a Copa de 2022 durante o Congresso da CAF em Luanda, em janeiro de 2010.
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Além disso, Hayatou chegou a ser acusado de ter recebido propina para apoiar a candidatura do Qatar. A Confederação Africana negou as acusações de que seu presidente teria levado US$ 5 milhões.
Hayatou é braço-direito de Blatter, que tinha na África um grande número de votos. O continente foi o grande celeiro eleitoral do suíço nos cinco mandatos à frente da Fifa.
Issa Hayatou declarou nesta quinta-feira que não tem intenção de se candidatar à presidência da Fifa, em fevereiro do ano que vem. Ele pretende, mesmo em 90 dias (inicialmente) recuperar a imagem da entidade perante o público.
Nesta quinta-feira, o mandatário da Fifa, Joseph Blatter, o presidente da Uefa, Michel Platini, e o ex-secretário da Fifa, Jérôme Valcke, foram suspensos por 90 dias pela câmara decisória do Comitê de Ética da entidade máxima do futebol, liderada pelo advogado Hans Joachim Eckert. As punições têm efeito imediato.
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