Patrocinadora da Fifa, Adidas é contra a realização da Copa do Mundo a cada dois anos
Marca alemã, na figura de seu CEO, afirma que Mundial bienal tirará espaço de outros eventos e que isso não seria benéfico para o futebol. Diretor também é contra a Superliga
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A ideia da Fifa de realizar a Copa do Mundo a cada dois anos ganhou mais um opositor. Um dos principais patrocinadores da entidade máxima do futebol, a Adidas mostrou que não gosta do projeto bienal. Em entrevista ao jornal suíço "Neue Zürcher Zeitung", Kasper Rorsted, CEO da empresa, falou sobre o tema.
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- Não penso muito em uma Copa do Mundo de futebol realizada a cada dois anos. Há uma Euro na Europa, uma Copa América na América Latina. Deve-se deixar espaço também para outras coisas. Sou um apaixonado pelo futebol, mas é importante que não só o futebol seja mostrado na televisão, mas também o biatlo, o esqui, o tênis ou o handebol - disse Rorsted.
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A Fifa conta com o apoio de ex-jogadores, como Ronaldo Fenômeno, além da Federação Africana de Futebol, por exemplo, para a realização da Copa do Mundo a cada dois anos. Ex-treinador do Arsenal, e atualmente chefe de Desenvolvimento Global de Futebol na entidade, Arsène Wenger também já se mostrou favorável à mudança. A Federação Alemã, por outro lado, é contra.
Nesta quarta-feira, em Israel, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou que o Mundial bienal será benéfico e comparou o maior torneio de futebol existente com o Super Bowl, a grande decisão do futebol americano na NFL.
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ADIDAS É CONTRA A SUPERLIGA DE CLUBES
Outro ponto debatido na entrevista de Kasper Rorsted ao "Neue Zürcher Zeitung" foi a Superliga de Clubes da Europa, criada em abril, mas que logo fracassou. Para o CEO da Adidas, a nova organização seria rentável à marca, mas em geral seria prejudicial à comunidade do futebol.
- Financeiramente, a Super League provavelmente seria atraente para nós. No longo prazo, porém, acreditamos que o amor pelo esporte desde a infância surge de ter acesso e é algo tangível - afirmou Kasper Rorsted.
Apesar do fracasso inicial da Superliga, os presidentes de Barcelona, Juventus e Real Madrid, clubes dissidentes à Uefa, ainda não desistiram do projeto e, de acordo com a revista alemã "Der Spiegel", trabalham nos bastidores para que sua criação seja concluída.
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