‘Real deveria retribuir a gentileza do City e convidá-los para a final’
Francesc Aguilar, colunista do "Mundo Deportivo", analisa a vitória da equipe merengue e a decisão diante do rival Atlético
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A revanche está servida. Real Madrid e Atlético voltarão a se ver em uma final de Liga dos Campeões, como ocorreu em Lisboa há dois anos, nesta que é a terceira fnal espanhola (a outra foi em 2000 entre Real e Valencia). San Siro viverá um dérbi madrileño em que os homens de Cholo Simeone querem ajustar contas com os madridistas que arrebataram o caneco graças a um gol nos acréscimos de Sergio Ramos e acabaram goleando na prorrogação.
O Real chegará na decisão ao bater um City que tem estado há anos-luz do Atlético, que frente ao Bayern de Pep Guardiola pareceu jogar uma final antecipada pela forma como atuaram colchoneros e bávaros. O Manchester City chegou na semifinal tanto por seus méritos como por demérito de um PSG que é muito melhor, mas que falhou no jogo da Inglaterra e acabou fora.
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O mais destacado do primeiro tempo foi o lindo mosaico que a torcida do Real Madrid fez. Afinal, em campo, Faltou intensidade, jogo, mobilidade e até gana. Tirando Sergio Ramos, Modric e Carvajal, além do goleiro Navas, os outros pareciam jogadores de uma partida de veteranos. No City, Yayá Touré estava muito longe daquele futebolista espetacular que tanto deu ao Barcelona. Não parece ter condições físicas para seguir jogando em alto nível. Por isso, o placar de 1 a 0 para o Real me pareceu excessivo por tudo que os espanhóis jogaram. Por outro lado, foi um justo castigo para a pouca qualidade e ambição do City.
No segundo tempo o Real brincou com o fogo. Mas não se queimou graças à inocência ofensiva do City. E se estava faltando algo para piorar para os ingleses, Pellegrino tirou Navas, que era de longe o melhor da equipe. E se o real quase marcou em três oportunidades, mas falhou, o que vimos foram os minutos finais ci os merengues encarcerados na defesa.
Agora, vamos à final. Totalmente em aberta. O Atlético parece ter enterrados todos os medos e chega em Milão após eliminar simplesmente Barcelona e Bayern e com a sua segunda final em três anos. Já o real passou por Wolfsburg e Manchester City. O desequilíbrio nas rodadas passadas é muito grande. Porém, relembrando o que vimos no estádio da Luz será uma partida em aberto, muito embora nos últimos tempos Cholo Simeone venha dando aulas e mais aulas nos Merengues.
Mas digo uma coisa. É uma pena que o regulamento da Uefa não permita uma repescagem para que o Bayern jogue esta final no lugar do Real Madrid. Eles jogaram muita bola nas frenéticas quartas de final contra a Juventus. Nas semifinais, foram eliminados por méritos do Atlético, mas caíram de pé e chutando 33 vezes ao gol. Juntem os chutes de Real e City e quase não dá um terço disso.
O Manchester City pagou a viagem do Real Madrid para a final da Liga. Que os espanhóis retribuam a generosidade e convidem os ingleses para a final.
*Francesc Aguilar é colunista do "Mundo Deportivo"
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