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Villegas exalta Moreno e pede paciência com resultados da Bolívia

Treinador falou que o futebol boliviano está passando por mudanças e projetou o duelo contra o Peru, no Maracanã

Villegas e Bejarano - Bolívia
imagem cameraBejarano e Villegas deram entrevista coletiva antes da partida (Foto: Luiza Sá)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 17/06/2019
18:25
Atualizado em 17/06/2019
23:12

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A Bolívia encerrou, nesta segunda-feira, a preparação para a partida contra o Peru, no Maracanã. A seleção, que chegou atrasada ao estádio por conta do trânsito, busca a primeira vitória em 2019. Até agora são quatro derrotas e um empate. Há cinco meses no cargo, o técnico Eduardo Villegas pediu paciência com o processo de estruturação do futebol boliviano. A equipe encara o Peru na terça-feira, às 18h30 (de Brasília).

- Nosso futebol caiu recentemente. o exemplo que posso dar é a Libertadores, quando nossos times não conseguiram avançar. Acho que isso e um reflexo do que vive o futebol boliviano neste momento. Antes, a maior parte dos jogadores importante foi jogar longe, e trouxeram esses toques novos para a seleção. Eles foram saindo com o tempo, por idade ou questões técnicas. Houve uma queda, concordo. Nossos adversários deixam isso mais claro. O que queremos é buscar a renovação, criar esse processo com jogadores bem jovens. Buscamos um equilíbrio entre idades para construir a base. Pedimos tempo. Não para mim, mas para a seleção. Se os dirigentes acham que é preciso que venha outro treinador, acho certo. Estamos com um atraso geral.

O principal jogador boliviano é o atacante Marcelo Moreno, que atuou por muitos anos no Brasil em equipes como Vitória, Cruzeiro, Grêmio e Flamengo. Villegas elogiou o atleta e pediu que o time dê mais bolas de qualidade a ele para tentar o gol. A Bolívia não marcou neste ano ainda.

- O Marcelo já está ajudando. Ele faz um trabalho braçal. Ele luta, segura a parte pesada. Segurou as investidas dos jogadores brasileiros, ganhou bolas. O que falta é que possamos alimentá-lo, mandar bolas para ele. Para que ele possa usar. Precisamos nos acostumar a jogar sob pressão. Antes do começo do processo, as primeiras recomendações foram essas, posse de bola, passes com força. Dentro disso, cada jogador pode usar seu estilo. Precisamos que a bola chegue ao Marcelo para que ele possa usar a capacidade que tem - disse.

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Brasil


O Brasil é muito difícil. Esse time de agora é muito diferente dos últimos. Antes, tínhamos um Brasil com duas pontas, que deixava jogar com mais homens. Agora temos um time com 90% dos jogadores que atuam na Europa, uma mentalidade tática europeia. A decisão da equipe é fazer essa pressão permanente. Foi asfixiante para nós, não estamos acostumados a jogar assim. Estamos muito abaixo em nível de velocidade e precisão. Assumimos as diferenças. Buscamos melhorar. Jogue quem jogar, vamos atuar de um jeito diferente, não importa a escalação ou o sistema. A principal mudança é a atitude. Vocês vão ver que vai melhorar muito.

Guerrero

O Guerrero é um jogador com uma trajetória muito boa e nos preocupa. Já conversamos sobre isso. Vamos tentar deixá-lo longe da nossa área. Vamos jogar mais adiantados.

Jogo contra o Peru

É uma partida importante, e provavelmente vai ser um jogo decisivo. Com ele, teremos chegado a 60% da primeira fase. Com todas essas possibilidades que temos, gostaríamos de nos classificar. Para conseguir isso é preciso marcar pontos. Acho que podemos fazer isso. Estamos entusiasmados e fazemos essa analise do nosso rendimento e da capacidade. Sou o primeiro a assumir os erros. Vamos tentar buscar um bom resultado. Não posso anunciar mudanças. Uma coisa é jogar contra o Brasil e outra contra o Peru, com todo respeito a eles.

Sim, estão alguns níveis acima. Afinal, foram à Copa do Mundo. Isso deu a eles, em termos já nos jogos de classificação, mais posição no ranking. O Peru tem jogadores muito bons, laterais de grande projeção, um meio-campo com boas transições e posse de bola. Isso fica claro, pois a bola chega rápido ao ataque. Se usarmos os espaços que um ou outro jogador possa nos deixar livre, poderemos usar nossas possibilidades de fazer jogadas. Temos essa ideia de que nosso futebol melhorou. A estreia foi traumática, estávamos ansiosos. Agora chegamos mais adaptados e com a engrenagem já em andamento.

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