Pitaco do Guffo: a arma secreta do Flamengo
Esses dois jogadores fazem a diferença na construção ofensiva rubro negra

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Mesmo não sendo totalmente superior o jogo inteiro, o Flamengo venceu com autoridade o Fluminense por 2x1 no primeiro jogo das finais do Cariocão 2025. Agora, Filipe Luís precisa apenas de um empate para levantar mais um caneco como técnico. Com tanto sucesso em tão pouco tempo, afinal, qual é a arma secreta do Flamengo?
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Até porque, em termos de qualidade individual, o rubro negro tem um dos melhores elencos da América do Sul: nomes consagrados como Gérson, Arrascaeta, De la Cruz, Danilo e Bruno Henrique; e atletas que encontraram redenção na Gávea, como Michael, Cebolinha e o chileno Pulgar, de quem eu já contei a importância tática no Flamengo aqui na coluna.
As coisas começam no começo
Mas se formos falar sobre a arma secreta do Flamengo de Filipe Luís, precisamos citar o trabalho impecável da saída de bola da dupla de zaga Léo Pereira e Léo Ortiz. A organização ofensiva do Flamengo começa na zaga, com o desenho de 2-1-4 ou 2-4, colocando os meias defensivos em corredores diferentes aos zagueiros, permitindo associações por dentro que confundem a marcação adversária.

Criando linhas de passe e triangulações por dentro entre os zagueiros e os meias, cria atenção dos adversários para esse setor, permitindo que laterais e extremos consigam ocupar espaços por fora e o time fique mais vertical e profundo. É uma estratégia tática que só dá certo no Flamengo por causa da qualidade técnica da dupla de zaga titular.
Passes longos à perfeição
Quando o adversário fecha os espaços pelo meio, Pereira e Ortiz não se intimidam e conseguem conectar bons passes longos. Juntos, fizeram 46 passes longos (passes com mais de 40 metros) em 2025, com 67% de acerto. Observando o mapa abaixo, percebe-se como esses passes longos buscam os quadrantes laterais no último terço: geralmente espaços ocupados pelos laterais e extremos.

A capacidade ofensiva deste Mengão é conhecida por todos e temida pelos adversários. Ninguém duvida do talento de um Pedro ou de um Luiz Araújo. O que torna este time tão competitivo é que os caras que tem como obrigação primária destruir o jogo do adversário, são os mesmos que se tornaram, com a bola nos pés, a arma secreta do Flamengo.
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