Além de Marin: veja a situação dos principais envolvidos no Fifagate
Com foco na condenação de Marin, o LANCE! detalhou a situação dos principais nomes envolvidos no escândalo de corrupção entre grandes dirigentes do futebol
Nesta quarta-feira, a juíza Pamela Chen, da Corte Federal do Brooklyn (Nova York, Estados Unidos), condenou José Maria Marin a quatro anos de prisão pelos crimes cometidos na época em que era presidente da CBF (2012-2015). O ex-dirigente também terá de pagar uma multa de US$ 4.5 milhões.
No fim do ano passado, Marin foi considerado culpado em seis acusações: organização criminosa, fraude bancária nas Copas América, Libertadores e do Brasil e lavagem de dinheiro nas Copas América e Libertadores. Todos cometidos durante o período em que estava à frente da CBF.
O Fifagate levou diversos dirigentes renomados à cadeia. Teve início no dia 27 de maio de 2015, quando o FBI fez uma operação no hotel onde estavam hospedados grandes dirigentes da Fifa, reunidos para o congresso anual da entidade. De lá para cá, todos os envolvidos foram afastados do futebol. O escândalo de corrupção conta com 24 pessoas que se declararam culpadas e assinaram acordo com a Justiça norte-americana. O LANCE! separou os principais nomes e detalhou como está a situação dos respectivos dirigentes.
Vale destacar que três destes 24 envolvidos já faleceram. São eles: o brasileiro J. Hawilla, que foi preso pela FBI, em maio de 2013, acusado de obstrução de Justiça; o argentino Julio Grondona, ex-presidente da Federação Argentina e vice-presidente da Fifa, acusado de receber R$ 49 milhões da Globo e da mexicana Televisa, visando favorecer as emissoras na obtenção dos direitos de transmissão das Copas de 2026 e 2030; e, por fim, o também argentino Jorge Delhon, envolvido em propinas que garantia a transmissão das partidas de grandes clubes da Argentina.
Confira abaixo os principais nomes:
Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira
Ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero (suspenso do futebol pela Fifa) também foram denunciados pela justiça norte-americana por receber propina, participar de organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraudes bancárias. Porém, como pela lei o Brasil não extradita seus cidadãos, eles não podem ser julgados nos Estados Unidos.
Juan Angel Napout
O relatório de pré-sentença da Justiça dos Estados Unidos, apresentado nesta quarta-feira, em Nova York, indicou a possibilidade de prisão perpétua para o ex-presidente da Conmebol e da Associação Paraguaia de Futebol (APF), pelo envolvimento no caso Fifagate. Napout foi condenado por organização criminosa e duas acusações de fraude bancário. A sentença será dada na próxima quarta-feira, dia 29 de agosto.
Manuel Burga
Terceiro réu no julgamento desta quarta-feira, o ex-dirigente peruano Manuel Burga, foi absolvido. O ex-presidente da Federação do Peru teria sido acusado de receber propinas em contratos comerciais relacionados à Libertadores, Copa América e Eliminatórias.
Alejandro Burzaco
O ex-diretor da Torneos y Competencias assumiu ter pago propina a dirigentes. Foi a primeira de 24 pessoas envolvidas no escândalo que se declararam culpadas e assinaram acordo com a Justiça dos Estados Unidos. Burzaco está em prisão domiciliar desde 2015.