CBF descarta ‘mudança radical’ no calendário do futebol brasileiro
Segundo Walter Feldman, secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol, não se pode fazer mudança por uma situação circunstancial, como a pandemia do coronavírus
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Em meio a pandemia do coronavírus, as competições nacionais no Brasil foram suspensas por tempo indeterminado, além da maioria dos estaduais e da Copa do Nordeste. Ainda que não se tenha uma previsão de volta destes torneios, a CBF descartou uma mudança no calendário do futebol nacional. De acordo com Walter Feldman, secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol, essa possibilidade não é considerada no momento.
- O presidente Rogério Caboclo tem o costume de chamar os diretores, conversar com os clubes, tem uma relação boa com a Conmebol e Fifa. Ele diz uma frase pragmática: "A mudança do calendário não pode ser objeto de uma oportunidade, de uma circunstância, tem que ser de convicção". Não será por conta da crise que vamos mudá-lo radicalmente - afirmou Feldman em entrevista ao canal "SporTV", nesta quinta-feira.
O dirigente, no entanto, não descartou uma mudança no formato das competições nacionais:
- O diretor de competições Manoel Flores está absolutamente debruçado sobre essa questão com toda a sua equipe. Mas nós tomaremos as decisões em conselho técnico extraordinário para que CBF, federações e os clubes possam decidir novos formatos, eventualmente necessários, no calendário nacional.
Feldman também falou sobre os problemas financeiras que a esta paralisação do futebol pode levar aos clubes. Para ele, todas as propostas devem ser coletivas. Mas uma delas já foi tomada pelo presidente da CBF Rogério Cabloco, que foi a suspensão dos pagamentos do Pro Fut.
– Começamos um diálogo junto a Federação Nacional dos Atletas, conversamos com membros do Tribunal Superior do Trabalho, estamos com vários presidentes de clubes discutindo os mecanismos entre clubes e atletas para darmos uma solução emergencial. Estamos amparados na legislação, buscando uma propostas coletiva para nos dar um tempo para nós compreendermos essa doença em termos de prazo para, talvez, algumas medidas trabalhistas sejam tomadas. O presidente Rogério Cabloco já encaminhou ofício para suspendermos os pagamentos do Pro Fut, que nesse momento seria um acréscimo de carga para esses clubes que estão vivenciando essa crise. Estamos trabalhando juntos para que sejam minorados os aspectos financeiros dessa crise - finalizou Walter Feldman.
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