Chefes de organizadas de Flamengo, Fluminense e Vasco são considerados foragidos, diz delegado
Agentes da Polícia Civil começam a cumprir mandados de prisão temporária a pedido da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI)
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Os agentes da Polícia Civil vêm fazendo buscas nesta terça-feira (14) para cumprir mandados de prisão temporária contra quatro chefes de organizadas (de Flamengo, Fluminense e Vasco) decretados no dia anterior. De acordo com o "G1", a prisão por 30 dias foi atendida pela Justiça do Rio a pedido da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
O delegado Pablo Sartori foi veemente ao afirmar como está o desdobramento do pedido do Tribunal de Justiça.
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- São foragidos e as equipes estão nas ruas desde ontem à noite, buscando em todos os endereços possíveis para cumprir as ordens de prisão - declarou.
Os alvos são Anderson Azevedo Dias, presidente da Young Flu, Fabiano de Sousa Marques, que preside a Força Jovem do Vasco, Bruno da Silva Paulino, chefe da Torcida Jovem do Flamengo e
Anderson Clemente da Silva, que preside a Raça Rubro-Negra. Todos irão responder por crimes de organização criminosa, lesão corporal grave e tentativa de homicídio.
Coube à juíza Ana Beatriz Estrella, no Plantão Judiciário, determinar a prisão temporária. Presidente da Raça Rubro-Negra, Anderson Clemente da Silva, conhecido como Macula, foi preso em 2014. Ele é suspeito de matar um torcedor do Botafogo em 2012. O Ministério Público do Rio de Janeiro se manifestou contra a medida. Segundo ele, as provas são frágeis.
- Trata-se de representação pela decretação da prisão temporária para apurar os delitos do Estatuto do Torcedor, organização criminosa, lesão corporal grave e tentativa de homicídio. Compulsando os autos, não consta qualquer elemento indiciário acerca da autoria delitiva, mas tão somente a representação formulada pela autoridade policial. Dessa forma, oficia o MP pelo indeferimento do pleito em razão da fragilidade dos elementos informativos.
O delegado disse que alguns dos torcedores revelaram que estavam indo aos estádios, mesmo sendo proibidos. Além disso, muitos investigados tinham medidas restritivas para frequentar os locais. Sartori afirmou que a DRCI ainda investiga o caso para tentar investigar mais torcedores envolvidos em episódios de violência. Policiais civis interditaram sedes da Torcida Jovem do Flamengo e da Raça Rubro-Negra, localizadas no Centro do Rio de Janeiro.
Inicialmente, a Raça Rubro-Negra, a Torcida Jovem do Fla, a Força Jovem do Vasco e Young Flu estavam proibidas de frequentar estádios por 90 dias, devido aos episódios de violência ocorridos na partida entre Flamengo e Vasco no dia 5 de março. Porém, uma decisão judicial ampliou o veto para cinco anos.
Houve determinação de outros fatores envolvendo as organizadas:
- bloqueio de todas as contas
- busca e apreensão de documentos e aparelhos eletrônicos ou outros que se mostrem pertinentes à investigação
- suspensão das atividades e interdição das sedes por cinco anos;
- quebra de sigilo de dados de "WhatsApp, Telegram ou equivalente, fotografias, chamadas efetuadas e recebidas, agenda de contatos, e-mails e etc"
A decisão também estabelece que, por seis meses, 16 integrantes de organizadas terão que se manter afastados de estádios em dias de jogo. Todos serão monitorados eletronicamente com tornozeleiras. Além disso, não poderão deixar o Rio de Janeiro sem autorização judicial e precisarão comparecer em juízo duas vezes por mês.
O delegado Pablo Sartori detalhou como será o procedimento.
- Agora, eles têm que se apresentar no local determinado pelo magistrado e lá ficar durante todo o período do jogo. Aí sim, isso os impede de ir aos estádios - disse.
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