A negociação entre o estafe do volante Ronaldo, de 22 anos, e o Santos está travada e pode melar. O presidente José Carlos Peres trata o tema com cautela, mas pessoas ligadas ao clube alvinegro veem como muito difícil o acerto do jovem jogador, se as exigências persistirem. O dirigente santista não está disposto a ceder às pedidas do empresário do jogador, André Cury, principalmente no que diz respeito à comissão de R$ 100 mil para fechar o empréstimo agora.
Em contato com a reportagem, Cury assegurou não ter solicitado pagamento de luvas e tampouco de comissão, apenas confirmou a pedida salarial de R$ 80 mil. O LANCE!, porém, teve acesso à proposta enviada pelo agente ao clube - valores foram publicados inicialmente pela Gazeta Esportiva. Além do salário, o agente exigiu ainda R$ 120 mil em um contrato futuro de quatro anos, com comissão de 7%.
Nos valores propostos, ainda há a exigência de um salário a mais caso o jogador seja usado por Jorge Sampaoli em 25 partidas como titular na temporada. O mesmo vale caso o clube exerça a prioridade de compra, no contrato futuro.
A ideia de Peres é de fazer um contrato para o empréstimo e outro termo de compromisso para deixar todos os detalhes acertados de um futuro contrato do jogador. O valor de compra fixado beira os R$ 13 milhões. A liberação de Ronaldo é parte do pagamento de do Flamengo pela compra de Bruno Henrique, de 28 anos, por R$ 23 milhões.
- Restam detalhes. É preciso fazer primeiro um contrato de transferência por empréstimo, com o Flamengo (este já certo), e outro para a opção de compra, para que haja acerto no fim do vínculo. Assim, por exemplo, o Dodô teria ficado conosco - disse Peres, após a vitória do Santos sobre o São Paulo, no último domingo, na zona mista do estádio do Pacaembu. O jogador segue morando no Rio de Janeiro à espera da definição de seu futuro.