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Del Nero e Teixeira estão entre os 16 indiciados pelos EUA por corrupção

Autoridades dos Estados Unidos divulgaram relação dos dirigentes envolvidos no escândalo de suborno e vão tentar colaboração para extraditar acusados brasileiros

Del Nero (Foto: Divulgação)
imagem cameraDel Nero (Foto: Divulgação)
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Lance!
Nova York (EUA)
Dia 03/12/2015
18:13
Atualizado em 03/12/2015
20:07

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A procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, confirmou em coletiva nesta quinta-feira que o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, é um dos indiciados na segunda leva de dirigentes sob a mira da Justiça americana por causa do esquema de recebimento de propina. Ao todo são 16 nomes citados.

Além de Del Nero, Lynch informou também que Ricardo Teixeira, que presidiu a CBF entre 1989 e 2012, é mais um réu no caso. No relatório anterior da Justiça dos EUA, ambos apareciam apenas como "co-conspiradores". Del Nero é acusado de receber, ao lado de Marin, propina oriunda do contrato dos direitos da Copa do Brasil, da Libertadores e da Copa América Centenário. Já Teixeira aparece como receptor de suborno da Nike na negociação com a CBF em 1996, além da própria Copa do Brasil e também da Libertadores.

A lista de indiciados ainda tem, por exemplo, os dois últimos homens que ocuparam a cadeira de secretário-geral da Conmebol: Eduardo Deluca e José Luis Meiszner. Segundo as autoridades dos EUA, mais de US$ 200 milhões em propinas estão no meio do esquema.

- O Departamento de Justiça está comprometido em terminar a corrupção que temos entre a liderança do futebol internacional, não só pela escala dos esquemas, mas também pela afronta aos princípios internacionais que esse comportamento representa - disse Loretta Lynch, que ainda acrescentou:

- A mensagem desse anúncio deve ser clara a cada indivíduo culpado que permanece nas sombras, esperando fugir da investigação: Você não vai escapar do nosso foco.

As autoridades dos Estados Unidos prometem fazer o máximo para que o governo brasileiro permita que as prisões ocorram em território nacional, mesmo não havendo acordo de extradição entre os países.

As autoridades dos EUA ainda informaram que oito pessoas admitiram a culpa, entre elas os presidentes das federações de Colômbia e Chile, Luis Bedoya e Sergio Jadue, respectivamente, que já renunciaram aos cargos e foram para os EUA. Os acusados que confessaram os crimes restituíram mais de US$ 190 milhões aos EUA.

NOVA LISTA DE DENUNCIADOS
Marco Polo Del Nero (Presidente da CBF)
Ricardo Teixeira (ex-presidente da CBF)
Juan Ángel Napout (presidente da Conmebol)
Manuel Burga (ex-presidente da Federação Peruana)
Carlos Cháves (ex-presidente da Federação Boliviana, já está preso por outro motivo)
Luís Chiriboga (presidente da Federação do Equador)
Eduardo Deluca (ex-secretário-geral da Conmebol)
José Luis Meiszner (ex-secretário-geral da Conmebol)
Alfredo Hawit (presidente da Concacaf)
Ariel Alvarado (Comitê Disciplinar da Fifa)
Rafael Callejas (ex-presidente de Honduras)
Brayan Jiménez (Presidente da Federação da Guatemala)
Rafael Salguero (Guatemalteco, Concacaf)
Héctor Trujillo (Secretário-geral da Federação da Guatemala)
Reynaldo Vasquez (Ex-presidente da federação de El Salvador)
Romer Osuna (ex-tesoureiro da Conmebol)

JÁ ADMITIRAM CULPA
Zorana Danis  (Co-fundador de uma empresa de marketing dos EUA)
Fabio Tordin (Ex-CEO da Traffic)
Luis Bedoya (presidente da Federação Colombiana)
Alejandro Buzarco (Presidente da Torneos y Competencias)
Roger Huguet (CEO da Media World)
Jeffrey Webb (ex-presidente da Concacaf)
Sergio Jadue (presidente da Federação Chilena)
José Lázaro (Valente Corp)

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