Dinheiro, atratividade, equilíbrio… Brasil segue domínio na Libertadores e na Sul-Americana

País é maioria nas quartas de final das duas competições continentais e amplia tendência dos últimos anos

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Estão definidos os times que disputam as quartas de final da Libertadores e da Copa Sul-Americana. Sem surpresas, o Brasil é o país com mais representantes em ambas as competições e seguem dominando a América do Sul como tem sido nos últimos anos. Dinheiro, atratividade e equilíbrio do campeonato local são alguns dos pontos que explicam esse domínio brasileiro nos torneios continentais.

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Na Libertadores, das últimas seis finais, cinco tiveram pelo menos um time brasileiro. Dos últimos seis campeões, cinco foram brasileiros, sendo as quatro últimas edições seguidas. Além disso, foram três finais brasileiras consecutivas, podendo caminhar para uma quarta em 2023, em que teremos três brasileiros entre os oitos classificados para as quartas de final: Palmeiras, Internacional e Fluminense.

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Já na Sul-Americana, o domínio de longo prazo é um pouco menor, mas das últimas sete finais, cinco tiveram pelo menos um representante brasileiro com três títulos conquistados e uma final totalmente brasileira. Na edição de 2023, a chance de termos mais um clube do país na decisão é gigante, visto que dos oito classificados para as quartas de final, cinco são brasileiros: Botafogo, São Paulo, Corinthians, Fortaleza e América-MG.

PODERIO FINANCEIRO

Para pegar o exemplo mais expressivo desses citados acima, precisamos falar do valor de mercado das ligas. O Campeonato Brasileiro, segundo o Transfermarkt, vale 1,46 bilhão de euros (R$ 7,85 bilhões na cotação atual). Isso é quase o dobro do valor de mercado da Superliga Argentina, que vale 802,05 milhões de euros (R$ 4,3 bilhões). Somente por aí já temos um indicativo do poder financeiro dos clubes do Brasil.

No entanto, isso é ainda mais ampliado quando pegamos as outras ligas do continente. O Campeonato Colombiano, por exemplo, vale 228,1 milhões de euros (R$ 1,225 bilhão), praticamente seis vezes menos do que o Brasileirão. Chile, Equador, Uruguai, Peru, Bolívia, Paraguai e Venezuela têm valores ainda mais inferiores.

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Isso sem entrar nos méritos dos valores de direitos de transmissão, patrocínio e outras fontes de receita, como a própria bilheteria dos estádios e o tamanho das torcidas, que por vezes são até maiores do que a população de um país ou outro da América do Sul. Na batalha das cifras, é praticamente impossível competir com o poderio financeiro do Brasil.

ATRATIVIDADE DO CAMPEONATO

É claro que o dinheiro ajuda, mas o poder de atração do Brasileirão é bastante forte em relação ao desejo de grandes jogadores atuarem por aqui. E isso também vem dos resultados recentes, como por exemplo três finais seguidas de Libertadores somente com times brasileiros. Se o "medalhão" tiver que escolher um local em que pode competir em alto nível, certamente será o território tupiniquim.

Ou seja, o jogador junta a questão financeira, uma vez que os clubes têm capacidade de pagar salários altos, alguns deles compatíveis com a Europa, e ainda podem estar em uma situação na qual vai disputar todos os títulos e ser um dos principais atletas do país, se mantendo em evidência até mesmo para os olhos do mundo. Algo que, provavelmente, não seria possível em outros país sul-americanos.

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EQUILÍBRIO DO BRASILEIRÃO

Também é preciso entender um pouco do lado esportivo envolvido nessa questão. Embora Flamengo e Palmeiras estejam protagonizando o futebol nacional nos últimos anos, as equipes tem se fortalecido cada vez mais, montando elenco competitivos e que deixam o Brasileirão bastante equilibrado, como a maioria dos treinadores estrangeiros relatam quando chegam aqui sobre estarem no campeonato mais difícil do mundo.

Dentro dessa condições de estar em disputas de alto nível constantemente, batendo de frente com os melhores, quando isso for levado ao nível continental, certamente fará a diferença. Por isso, quando um clube brasileiro de meio de tabela, enfrenta um clube de G4 dos outros países, normalmente a vitória é verde e amarela, pois a diferença será absurda até mesmo dentro de campo, além dos fatores já citados como grana e atratividade.

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Aconteceu isso em Internacional e River Plate. O time gaúcho ocupa o meio da tabela do Brasileirão e enfrentou o temido campeão argentino, que vinha se reforçando. Em campo, porém, o Colorado fez boas apresentações e acabou levando a vaga nos pênaltis. Em momento algum a equipe de Buenos Aires teve a vantagem que suas posições no campeonato nacional indicavam.

E AGORA?

Com maioria de representantes tanto na Libertadores quanto na Sul-Americana, a chance de o Brasil conquistar mais dois torneios continentais em 2023 é muito grande. Mas mesmo que não levante essas taças, o domínio é muito claro e promete ser longo, principalmente pela consolidação da Liga, que deve atrair ainda mais dinheiro, mais holofotes e mais equilíbrio. Ficará difícil competir.

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