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Editor do L! crê que “investidores podem salvar futebol brasileiro”

Walter de Mattos Júnior enaltece a criação do ProFut e defende que os clubes se transformem em empresas

Flamengo derrota o Orlando City no Maracanã (foto:Wagner Meier/LANCE!Press)
imagem cameraEditor do LANCE! prevê dificuldades para os gigantes do futebol brasileiro (foto:Wagner Meier/LANCE!Press)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 16/11/2015
21:00

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Os mandatos de presidentes dos principais clubes do Brasil têm duração de três anos. Em alguns casos, é possível reeleição, o que acarreta em seis temporadas de administração. O período, contudo, não é aprovado por Walter de Mattos Júnior, editor e presidente do Grupo Lance!. Além de defender a transformação das agremiações em empresas, ele é favorável a tempo mais longo de gestões.

Em participação especial no programa Seleção SporTV, exibido nesta segunda-feira, ele relembrou o caso envolvendo a venda de Kaká para o Milan, alegando que Marcelo Portugal Gouveia, ex-presidente do São Paulo, teve que negociar o atleta para tentar a sua reeleição à frente do Tricolor Paulista.

– Marcelo Portugal Gouveia foi um dos melhores presidentes. Ele vendeu o Kaká antes da hora, porque precisava de três milhões para investir em um negócio da piscina e ganhar a eleição. O problema do modelo é que não dá continuidade, o problema é que não dá segurança jurídica. Não dava aos parceiros seguranças jurídicas, o que é fundamental. Qual dirigente tem condições de contratar um atleta de cinco anos? Já vi alguns falarem que rasgam o contrato – afirmou.

Walter de Mattos Júnior destacou a criação do ProFut por parte do governo federal, mas prevê um futuro complicado para os clubes mais endividados do país. Ele ainda mostrou ser favorável à entrada de novos investidores.

– O ProFut pode criar grandes melhorias. Você pega cinco dos seis mais endividados – Flamengo, Atlético-MG, Botafogo, Santos e Vasco. Desses, talvez o Flamengo por causa da torcida e da receita, possa sair mais rápido. Mas os outros, essa conta não fecha. Se a gente não conseguir um modelo que atraia novos capitais para o futebol brasileiro, eles podem passar por um purgatório tão grande que é capaz de não saírem deste purgatório – concluiu.

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