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Administradora do Mineirão se defende de questionamentos do Governo de Minas sobre estádio

Minas Arena reforça que sua atividade primária é o futebol, mas ressalta necessidade de ser lucrativo com eventos artísticos  

Mineirão - Atlético-MG x Palmeiras
imagem cameraImbróglio surgiu das discordâncias entre o Cruzeiro e a Minas Arena, concessionária que administra o estádio (Foto: Divulgação/Atlético-MG)
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Lance!
Belo Horizonte (MG)
Dia 24/01/2023
20:52
Atualizado em 24/01/2023
21:02

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Depois do secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Fernando Marcato, anunciar a criação de um comitê para fiscalização das atividades do Mineirão, a Minas Arena se posicionou oficialmente através de um comunicado divulgado nesta terça-feira. 

A administradora do estádio informou que aguarda o recebimento do ofício para criação do grupo, mas reforçou que o futebol ainda é sua atividade primária. Vale lembrar que uma das reclamações dos clubes envolvidos é que o estádio, eventualmente, prioriza eventos esportivos. 

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- Com relação à ativação do Comitê de Esporte, Cultura e Lazer (CECL), o Mineirão informa que aguarda o recebimento de ofício, como informado pelo secretário, para indicação de membros. Já foi demonstrado que o estádio é capaz de priorizar o futebol, ocupando as datas ociosas com eventos, conforme aconteceu em 2022, em comum acordo com os clubes - diz trecho da nota 

Números divulgados no mesmo comunicado revelam que, em 2022, o Mineirão realizou 55 partidas de futebol e 156 eventos, o que configura, segundo a nota, "o melhor ano da história do estádio".

No comunicado, o Mineirão também esclareceu que "não é uma despesa para os cofres do Estado" e que tem como gastos aproximadamente o triplo do que gasta à economia estadual. O estádio reafirmou que o contrato assinado entre o Governo e a Minas Arena não impede a cobrança pelo uso do complexo, mas que estudo uma maneira de reduzir a parcela variável para operação. 

Confira o comunicado, na íntegra:  

O Mineirão confirma que o Estado solicitou a apresentação de uma proposta que permita a redução da parcela variável do contrato de Parceria Público-Privada (PPP), conforme informado pelo secretário, em entrevista coletiva nesta terça-feira (24).

A Concessionária está realizando estudos sobre a solicitação e retornará assim que finalizá-los. Conforme pontuado pelo secretário, os pagamentos realizados pelo Estado possuem o objetivo de ressarcir a empresa o valor já determinado em contrato pela reforma, renovação e adequação do Complexo do Mineirão, e não para garantir o lucro da concessionária.

Além disso, é preciso desmistificar que o contrato do Mineirão é uma despesa para os cofres públicos. Segundo estudo do Ipead, da UFMG, de 2019, os jogos e eventos promovidos pelo Mineirão movimentaram, em apenas um ano, R$ 662 milhões na economia mineira, além da criação de quase 6 mil postos de trabalho. A cada R$ 1 gasto no Mineirão, R$ 3,23 é dispendido imediatamente na economia. Ou seja, o estádio devolve anualmente para a economia um valor superior ao custo de sua reforma para a Copa do Mundo.

Com relação à ativação do Comitê de Esporte, Cultura e Lazer (CECL), o Mineirão informa que aguarda o recebimento de ofício, como informado pelo secretário, para indicação de membros. Já foi demonstrado que o estádio é capaz de priorizar o futebol, ocupando as datas ociosas com eventos, conforme aconteceu em 2022, em comum acordo com os clubes.

O Mineirão lembra que realizou, no ano passado, 55 partidas de futebol e 156 eventos, fazendo de 2022 o melhor ano de sua história.

Com relação ao uso das datas de Estado, previsto no contrato, a Concessionária esclarece que, observado o procedimento para a fixação destas datas, o contrato não prevê a cessão gratuita aos clubes para a realização de jogos, e não impede a cobrança do uso do complexo esportivo. Os clubes são particulares que usufruem o estádio para o desenvolvimento de atividade econômica e lucrativa.

Por fim, o Estado e a Concessionária devem atuar de forma sinérgica, a fim de que os interesses dos clubes possam se equilibrar com o interesse público e com os legítimos direitos do parceiro-privado.

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